Com commodities em alta, bolsa reage, mas fecha semana em queda de 5%
Depois da forte resposta do mercado ao cenário político no dia de ontem, a sexta-feira foi marcada por recuperação dos ativos em bolsa e continuidade da deterioração nos mercados de renda fixa...
Depois da forte resposta do mercado ao cenário político no dia de ontem, a sexta-feira foi marcada por recuperação de parte dos ativos em bolsa e continuidade da deterioração nos mercados de renda fixa. O real andou na contramão do mundo e caiu contra o dólar.
Ainda sob impacto da falta de visibilidade sobre os planos do novo governo para o arcabouço fiscal, investidores apostaram no relaxamento da medidas anti-Covid na China, e mineradoras e siderúrgicas listadas na bolsa lideraram as altas na última sessão da semana.
Notícias de flexibilização da política de Covid Zero no gigante asiático fizeram o preço do minério de ferro acumular perto de 7% de alta em Singapura na semana, atraindo a atenção do mercado para empresas do setor (que subiu 9,48% no dia e garantiu a alta do Ibovespa). Na semana, o principal índice acionário brasileiro fechou em baixa de 5%, apesar da alta significativa nesta sexta-feira (+2,26%).
O cenário nos juros futuros também ficou bastante desafiador nos últimos dias. O corte nas taxas esperado pelo mercado para maio deste ano se transformou em uma previsão de alta em função da expectativa de uma política econômica mais inflacionária. Durante a semana, as taxas ficaram até 160 pontos-base mais caras.
No cenário internacional, o estresse no mercado financeiro fez o real acompanhar o peso argentino e a lira turca como as únicas moedas entre as emergentes a se desvalorizarem contra o dólar na semana. A moeda brasileira perdeu 5,02% do valor na comparação com o par norte-americano e teve a pior performance do grupo, com o dólar fechando a sexta-feira cotado a R$ 5,33.
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