A China informou que o Brasil foi o país para o qual mais aumentou as exportações em 2024, após a divulgação do saldo comercial, segundo revelou o Valor Econômico.

Os dados chineses indicam que as vendas ao mercado brasileiro aumentaram 22%, o equivalente a US$ 72 bilhões. Já a taxa de importação de produtos do Brasil caiu em 3,5%, chegando a US$ 116 bilhões.

De acordo como relatório, 77% das exportações são provenientes do mercado de soja, minério de ferro e petróleo.

O superávit do Brasil na troca comercial com os chineses alcançou US$ 44 bilhões no último ano, segundo a China. As estatísticas brasileiras, contudo, apontam para US$ 31,3 bilhões de saldo.

Segundo o Ministério da Indústria e Comércio (MIDC), o Brasil exportou US$ 95,9 bilhões para a China e importou US$ 64,6 bilhões.

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Carne bovina

Em 27 de dezembro, o governo brasileiro, sob a liderança do presidente Lula (PT) e com o apoio dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e Relações Exteriores, manifestou-se em relação à comunicação do Ministério do Comércio da China sobre o início de uma investigação.

O objetivo da apuração era determinar se o crescimento das importações de carne bovina está impactando negativamente o setor produtivo da China.

De acordo comunicado oficial, o Brasil buscava evidenciar que as exportações de carne bovina para o mercado chinês não representam nenhum tipo de ameaça à indústria local.

O governo brasileiro disse que, ao contrário, essa relação comercial pode ser vista como um elemento que complementa a produção nacional chinesa.

Investigação chinesa

A investigação abrange todos os países que exportam carne bovina para a China e analisará dados desde 2019 até o primeiro semestre de 2024. Com uma duração prevista de oito meses, a investigação não deve resultar em medidas preliminares imediatas, mantendo-se a tarifa atual de 12% “ad valorem” sobre as importações desse produto.