China manda recado a Trump sobre guerra comercial
"Não haveria vencedores em uma guerra comercial", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China
A China enviou nesta quinta-feira, 7, um recado ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os potenciais riscos de uma guerra comercial entre os dois países.
“Por princípio, gostaria de reiterar que não haveria vencedores em uma guerra comercial, que também não favoreceria o mundo”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, indicando a preocupação chinesa com possíveis impactos negativos no cenário econômico global.
A campanha eleitoral de Trump foi marcada por promessas de impor novas tarifas aos produtos importados da China.
Na quarta, 6, a pasta havia afirmado esperar uma “convivência pacífica” com os EUA.
“Continuaremos focando e gerenciando as relações entre China e Estados Unidos com base nos princípios de respeito mútuo, convivência pacífica e cooperação mutuamente benéfica”, disse.
A mensagem de Xi Jinping para Trump
Horas antes do pronunciamento, o ditador chinês, Xi Jinping, parabenizou Trump pela vitória contra Kamala Harris. Em sua mensagem de felicitação, ele enfatizou a importância de um bom relacionamento entre as duas potências.
O líder chinês afirmou que Washington e Pequim deveriam “reforçar o diálogo e a comunicação, gerenciar adequadamente as diferenças, expandir a cooperação mutuamente benéfica e encontrar a forma correta para que China e Estados Unidos se deem bem na nova era”, conforme relatado pela emissora estatal CCTV.
“Uma relação estável, saudável e sustentável entre China e Estados Unidos é de interesse comum para ambos os países e está alinhada com as expectativas da comunidade internacional”, completou Xi Jinping.
Tarifas de 60% sobre importações da China
De volta à Casa Branca, Trump ameaça impor tarifas de 60% sobre as importações de produtos chineses.
Durante o primeiro mandato do republicano, as taxas tarifárias variaram de 7,5% a 25%.
A China vende mercadorias no valor de mais de 400 bilhões de dólares por ano para os EUA, além de centenas de bilhões a mais em componentes para produtos importados de outros países.
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