Cenário eleitoral sequestra investidores e descola mercado nacional
As idas e vindas eleitorais têm praticamente monopolizado o mercado financeiro, que tenta se posicionar para o resultado eleitoral de 30 de outubro...
As idas e vindas eleitorais têm praticamente monopolizado o mercado financeiro, que tenta se posicionar para o resultado eleitoral de 30 de outubro. As pesquisas mais recentes, que apontam os dois candidatos no limite do empate técnico e a queda na rejeição a Bolsonaro, fizeram com que investidores iniciassem uma readequação das carteiras.
Não por acaso, as ações de estatais como o Banco do Brasil acumulam quase 10% de alta nos últimos cinco pregões, negociadas a R$ 43,60, o maior nível desde o início do ano. O mesmo acontece com os papéis de Petrobras (PETR4) que acumulam 7,5% de alta nos últimos cinco pregões, cotados a R$ 36,47 – também na máxima do ano.
Enquanto isso, no cenário internacional as condições financeiras vão se deteriorando com o rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano com vencimento em 10 anos no maior nível dos últimos 15 anos, indicando um futuro difícil para a maior economia do mundo. Com isso, os ativos de risco internacionais estendem nesta manhã as quedas registradas na sessão de ontem. Os futuros de Wall Street caíam 0,45% (S&P 500) e 0,80% (Nasdaq), às 8h07.
Na Europa, o alívio com o anúncio da saída da primeira-ministra britânica, Liz Truss, dá espaço para a dura realidade do continente, que luta com uma inflação recorde e um possível racionamento de energia durante o inverno. O Euro Stoxx 600 operava em queda de 1,50%, também adequando preços às quedas de ontem nos índices norte-americanos.
Na Ásia, analistas começam a revisar as previsões para as big techs chinesas, com rumores de que o governo dos Estados Unidos estaria considerando novos controles de exportação que limitariam o acesso chinês a tecnologias de computação, principalmente, no que diz respeito à produção de chips. O índice Hang Seng, principal indicador da bolsa de Hong Kong caiu 0,42%, para fechar a semana com uma desvalorização acumulada de 2,27%.
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