Campos Neto: processo de desinflação não deve ser linear
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (17) que o “processo de desinflação deve continuar, mas de forma não linear”...
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (17) que o “processo de desinflação deve continuar, mas de forma não linear”.
Em discurso de abertura da Conferência Anual do BC, ele disse que a abordagem proativa da política monetária no Brasil tem dado resultado, mas o processo está em uma fase de redução mais lenta da inflação.
“Assim, a velocidade da desinflação tende a ser mais lenta nessa segunda etapa, tanto no Brasil como nos demais países […] Embora tenhamos progredido até agora, ainda enfrentamos desafios para consolidar a desinflação no Brasil”, afirmou.
Sobre o novo arcabouço fiscal, que deve ter o regime de urgência votado ainda hoje na Câmara, Campos Neto disse que o projeto pode ajudar na missão de reancorar as expectativas de inflação.
“Decisões que induzam a reancoragem das expectativas e que elevem a confiança nas metas de inflação contribuem para um processo desinflacionário mais célere e menos custoso”, afirmou.
O boletim Focus, divulgado na segunda (15) pelo BC, mostrou que o mercado financeiro projeta uma inflação de 6,03% em 2023, 4,15% em 2024 e 4% em 2025.
Para este ano, a meta de inflação é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Para 2024 e 2025, a meta é de 3%.
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