Campos Neto exalta “pouso suave” da inflação em audiência no Senado
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, exaltou nesta quinta-feira (10), durante audiência no plenário do Senado, o "pouso suave" pela qual a inflação brasileira está passando. "Pouso suave é...
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, exaltou nesta quinta-feira (10), durante audiência no plenário do Senado, o “pouso suave” pela qual a inflação brasileira está passando. “Pouso suave é a gente ter conseguido trazer a inflação muito alta para um nível muito mais baixo com quase nenhum custo ou muito pouco custo, tanto de crescimento, quanto de emprego, quanto de contração de crédito”, explicou.
“Quando a gente faz uma comparação relativa, o Brasil está atingindo um pouso suave. É importante mencionar que a gente ainda tem uma luta com a inflação pela frente, mas a gente está atingindo um pouso suave de forma bastante eficiente”, disse Campos Neto ao fim de sua apresentação, antes de ouvir questionamentos dos parlamentares.
Ao longo da audiência, o presidente do Banco Central foi louvado pelos senadores da oposição, que criticaram o governo Lula pelas pressões a que submeteram Campos Neto. No início do mês, Lula se referiu ao presidente do BC como um “rapaz” que “não entende de Brasil e não entende de povo”, dando sequência aos ataques que desferiu desde o início do governo. Na audiência, o economista se disse “emocionado” com os elogios de Damares Alves (Republicanos-DF). “É muito difícil, às vezes, combater uma narrativa, mas o Banco Central tem uma grande preocupação com o social”, comentou.
"É muito difícil combater uma narrativa, mas o Banco Central tem uma grande preocupação com o social", diz Roberto Campos Neto em audiência no Senado. Ele se disse emocionado com elogios da senadora Damares Alves. https://t.co/kVxyyP3xV5 pic.twitter.com/BqvvU1OcNz
— O Antagonista (@o_antagonista) August 10, 2023
Na primeira vez em que ele foi ao parlamento após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduzir a taxa básica de juros, não se ouviram críticas dos governistas na audiência. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), chegou a louvar a independência do Banco Central. “A autonomia do Banco Central, da perspectiva do governo, é uma posição consolidada”, garantiu Randolfe, acrescentando que não há nenhuma perspectiva do governo de alterar o que está proposto no novo arcabouço fiscal, “sobretudo ao regime de metas” de inflação.
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