Brasileiros abandonam poupança em busca de rendimentos melhores
Ainda não está muito claro para onde os poupadores estão levando o dinheiro que costumava habitar a famosa caderneta de poupança, mas o fato é que cada vez mais brasileiros estão deixando pra trás aquele que, certamente, é um dos piores investimentos do país em termos de rendimento...
Ainda não está muito claro para onde os poupadores estão levando o dinheiro que costumava habitar a famosa caderneta de poupança, mas o fato é que cada vez mais brasileiros estão deixando pra trás aquele que, certamente, é um dos piores investimentos do país em termos de rendimento.
De acordo com o Banco Central, o saque elevado é reflexo da inflação e do acesso a investimentos mais rentáveis. No acumulado do ano, de janeiro a maio, foram R$ 69,231 bilhões em saldo negativo para a caderneta – outro recorde para série histórica.
Desde janeiro de 2021, a caderneta teve apenas sete dos 29 meses com captação líquida positiva, quando são depositados mais recursos que sacados. No período, a poupança ficou negativa em mais de R$ 200 bilhões, no que se refere à captação.
Um dos motivos pode ser a melhora do nível de conhecimento do investidor brasileiro sobre produtos financeiros. De acordo com levantamento da Anbima, no Raio-X do Investidor Brasileiro, o desconhecimento sobre qualquer produto financeiro caiu de 72% dos entrevistados em 2021 para 60% no ano passado.
Com o maior conhecimento, o investidor também busca melhor rendimento. Para se ter uma ideia a caderneta pagou nos últimos 12 meses 8,38%. O Tesouro Selic, investimento garantido pelo Tesouro Nacional, teve remuneração de 13,68% no mesmo período.
Diferente da caderneta, os títulos públicos sofrem incidência de imposto de renda (que vai de 22,75% a 15% a depender do período investido). Se considerada a alíquota para o exemplo de um ano de investimento, a taxa ainda assim ficaria em 10,94%. Isso significa que, para cada R$ 1 mil aplicados há um ano, o investidor teria recebido R$ 83,80 na poupança, contra R$ 109,40 em um título público.
Quem faz conta, começou a se mexer.
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