A economia brasileira deve fechar o ano com um crescimento de 3%. A projeção anterior para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil era de uma alta de 2,9% em 2023.

As estimativas foram divulgadas nesta quinta-feira, 21, pelo Banco Central (BC). Os dados fazem parte do Relatório Trimestral de Inflação.

O índice é ligeiramente menor que o projetado no relatório “Visão Geral da Conjuntura”, divulgado na tarde nesta quarta-feira, 20, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê um crescimento do PIB de 3,2%.

Segundo o Ipea, o aumento do consumo das famílias alavancou o PIB do Brasil em 2023, com o crescimento consistente da massa salarial. As exportações, ancoradas em produtos agropecuários e petróleo, também devem puxar o índice para cima.

A prévia do PIB registrou uma queda de 0,06% em outubro, na comparação com o mês anterior. Em setembro, o IBC-Br também havia recuado 0,06%. Em agosto, a retração foi de 0,77%.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) também foi divulgado na quarta-feira.

Inflação

Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, a estimativa do Banco Central para este ano foi reduzida de 5% para 4,6%.

Segundo o Focus, a inflação no Brasil terminará 2023 em 4,49% – um pouco abaixo do que espera a autoridade monetária.

Em novembro, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação foi de 0,28%, na comparação com o mês anterior. Na base anual, o índice ficou em 4,68%. No ano, a inflação acumulada é de 4,04%.

“Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se, no cenário de referência, a redução significativa da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior da meta para 2023 (4,75%) que passou de cerca de 67% no relatório anterior para 17% neste relatório”, destaca o relatório.

Para 2024, de acordo com o Banco Central, a inflação no Brasil deve ficar em 3,5% (mesma estimativa do relatório anterior). Em 2025, a projeção para o IPCA subiu de 3,1% para 3,2%.