BC mais firme derruba dólar e juros futuros
Divisa americana recuou cerca de 5% desde o início do mês com discurso alinhado entre Campos Neto e Galípolo
A moeda americana encerrou o dia em queda contra o real pelo oitavo dia consecutivo. Nesta terça-feira, 13, o recuo ficou por volta de 0,80%, mas no acumulado são mais de 5% de queda, com o dólar passando de 5,75 reais no fechamento do dia 1º de agosto para 5,45 reais.
Um cenário externo mais favorável com a perspectiva de corte das taxas de juros nos Estados Unidos e uma redução da volatilidade da moeda japonesa, iene, ajudaram na melhora local. No entanto, a sintonia entre o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do possível herdeiro da cadeira, diretor de Política Monetária da autarquia, Gabriel Galípolo, foi definitivo para a mudança de humor do mercado.
Nessas últimas oito sessões, o real tem, de longe, a melhor performance entre as moedas emergentes, com o peso colombiano (segundo lugar) com um desempenho perto da metade da força do que se viu na divisa brasileira. Por aqui, o dólar recuo cerca de 5% enquanto que lá a queda não chegou a 2,5%.
Os juros futuros com vencimento intermediários e longos também reagiram bem, com quedas de até 20 pontos base nesses prazos. Os vencimentos mais curtos encerraram o dia praticamente estáveis.
A precificação na curva futura continua a apontar uma alta de 0,25 ponto percentual na Selic na reunião de setembro do Copom (Comitê de Política Monetária). As chamadas opções de Copom da B3, no entanto, ainda colocam a manutenção da taxa básica de juros no patamar atual como aposta favorita, com 48% de probabilidade. A alta de 0,25 ponto percentual avançou no dia de 23% para 30% de chance, de acordo com as opções digitais.
O Ibovespa, principal índice acionário, engatou a sexta sessão consecutiva de alta e encerrou a terça-feira, 13, em alta de 0,98%, aos 123,4 mil pontos, puxado pelo setor financeiro que foi responsável por seis das 10 principais contribuições positivas no indicador. As três primeiras ficaram por conta de Iatú (+2,83%), B3 S.A. (+3,61%) e JBS (+4,21%).
Na ponta oposta, as principais detratoras foram Natura &CO (-8,85%) – após pedido de Chapter 11 da controlada Avon – Vale (-0,44%) e Petrobras (-0,62% PN; – 0,52% ON).
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