BC mais brando sobre juros, mas ainda não sinaliza corte
Investidores locais reagem nesta quinta-feira ao comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgado ontem, após a decisão de manutenção da taxa Selic em 1375% a.a.. Embora tenha adotado um tom menos agressivo...
Investidores locais reagem nesta quinta-feira ao comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgado ontem (21), após a decisão de manutenção da taxa Selic em 1375% a.a. Embora tenha adotado um tom menos agressivo no que diz respeito à política monetária, o Banco Central ficou aquém das expectativas do mercado, que precificava um sinal claro de início do ciclo de cortes na taxa básica de juros no próximo encontro em agosto.
A atenção agora deve se voltar para a reunião do CMN (Comitê Monetário Nacional) marcada para a quinta-feira da semana que vem (29/6). Embora o assunto tenha esfriados nas últimas semanas, será nessa discussão entre Fernando Haddad, Simone Tebet e Roberto Campos Neto que uma demanda do presidente Lula deve ser discutida: a alteração na meta de inflação para o ano que vem.
O petista defende que o objetivo para a inflação seja mais alto, o que, segundo ele, daria mais espaço para o Banco Central cortar os juros. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou algum tempo atrás que não deve interferir na meta a ser estabelecida, mas alertou que em experiência recente na Argentina, a mudança fez com que se iniciasse a trajetória que levou a pressão sobre os preços no país vizinho aos atuais 114% nos últimos dozes meses.
Ainda no Brasil, o Senado aprovou ontem à noite o substitutivo do senador Omar Aziz à proposta de arcabouço fiscal acordada na Câmara dos Deputados. Entre as alterações no texto, o senador retirou dos limites de gastos impostos pela nova regra o Fundeb e o FCDF (Fundo Constitucional do Distrito Federal), com isso a matéria volta para apreciação dos deputados.
No exterior, investidores avaliam as diversas decisões sobre juros. Há pouco, o BOE (Bank of England) anunciou um aumento de 50 pontos-base na taxa de juros básica local, surpreendendo boa parte do mercado, que acreditava em uma correção em 25 pontos-base mesmo após dados de inflação mais fortes que os esperados ontem. Mais tarde, o Banco Central da Turquia deve aumentar os juros por lá, dos atuais 8,5% a.a.. As apostas estão bastante distribuídas e vão de uma elevação a 14% a.a. até 40% a.a.
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