BC faz novo leilão de dólar à vista
Autoridade monetária injetou US$ 4,6 bilhões no mercado de câmbio para tentar conter a alta do dólar nesta segunda-feira, 16
O Banco Central (BC) vendeu US$ 1,62 bilhão nesta segunda-feira, 16, em um novo leilão extraordinário realizado pela autarquia para tentar conter a alta do dólar. Esta foi a quarta intervenção da autoridade monetária em menos de uma semana.
Na manhã desta segunda, 16, a moeda americana chegou a ser cotada a R$ 6,09. Após a intervenção do BC, o dólar desacelerou. De tarde, alcançou R$ 6,08.
Após a oferta à vista, a autarquia vendeu US$ 3 bilhões no chamado leilão de linha, com o compromisso de recompra.
Na última sexta-feira, 13, o BC injetou US$ 845 milhões das reservas internacionais do país em um leilão surpresa.
A ação da autoridade monetária é a maior em um único leilão de dólares à vista desde 10 de março de 2020, ainda sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No período da pandemia de Covid-19, o BC vendeu US$ 2 bilhões.
O leilão de dólares à vista serve como uma injeção da moeda americana no mercado, com a tentativa de diminuir a cotação através da lei da oferta e da demanda.
Galípolo e o câmbio
O diretor de política monetária do BC, Gabriel Galípolo, afirmou que o BC não vai segurar o câmbio “no peito”.
Futuro presidente do BC, Galípolo disse que o câmbio flutuante “é um dos pilares da nossa matriz econômica”.
“Tem 370 bilhões de reais de reserva, por que não segura no peito? Mas quem está no mercado sabe que não é assim que funciona”, afirmou em evento a investidores.
Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) sob a gestão do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, decidiu elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, de 11,25% para 12,25% ao ano.
No texto, o BC previu ainda a necessidade de “ajustes da mesma magnitude” nas próximas duas reuniões, caso o cenário permaneça da mesma maneira.
A reunião marcou a despedida de Campos Neto do comando do BC, que será substituído por Gabriel Galípolo em 1º de janeiro de 2025.
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