Banco Central: paralisação de servidores atrasa dados econômicos
O movimento sindical dos servidores do Banco Central obrigou a autarquia a reprogramar as divulgações de dados da economia brasileira...
O movimento sindical dos servidores do Banco Central obrigou a autarquia a reprogramar as divulgações de dados da economia brasileira.
A informação foi confirmada na tarde desta segunda-feira (23) pelo Banco Central. As datas de publicação das notas econômico-financeiras relativas ao mês de setembro foram todas postergadas.
Segundo nota do órgão, a mudança é em “caráter excepcional” e se deve “à mobilização dos servidores”. Essa é a segunda vez que a paralisação atrapalha a divulgação dos dados. Em agosto, o Banco Central também teve que adequar o planejamento das publicações.
Veja o novo calendário de divulgações do Banco Central:
- Estatísticas do Setor Externo – 6 de novembro, às 8h30, com entrevista coletiva por meio virtual às 10h30;
- Estatísticas Monetárias de Crédito – 7 de novembro, às 8h30, com entrevista coletiva por meio virtual às 10h30;
- Estatísticas Fiscais – 8 de novembro, às 8h30, com entrevista coletiva por meio virtual às 10h30;
- A atualização dos Indicadores Econômicos Selecionados (fluxo cambial e resultado das operações com derivativos, por exemplo) será feita às 14h30 da próxima quinta-feira (26/10).
Os funcionários do banco reivindicam reestruturação de carreira e a criação de um bônus de produtividade semelhante, como recebem os servidores da Receita Federal.
Muito trabalho, pouca gente
O órgão tem um déficit de 44% no seu quadro de servidores. Pela lei, o Banco Central deveria ter 6,5 mil funcionários. Porém, hoje, só conta com 3,6 mil. Já são mais de dez anos sem concurso público para o banco.
A principal reclamação de que trabalha lá é que a autoridade monetária tem tocado cada vez mais projetos, como Pix, open finance, real digital.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos abriu 100 vagas para a autarquia monetária. Número abaixo das 545 vagas pleiteadas.
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