Azul tem prejuízo bilionário e realinha plano de voo
Redução temporária de voos internacionais, aumento de combustível e enchentes no RS foram apontados como principais causas do resultado
A companhia aérea divulgou anunciou um prejuízo líquido de 3,865 bilhões de reais no segundo trimestre de 2024, após lucro de 498 milhões de reais no mesmo período do ano passado. O resultado líquido ajustado ficou negativo em 744,4 milhões de reais, uma piora de 31,3% em relação ao segundo trimestre de 2023, quanto teve prejuízo de 566,8 milhões de reais.
De acordo com a companhia, a receita operacional atingiu ficou em 4,2 bilhões de reais, um recuo de 2,3% na comparação anual. O impacto das enchentes no estado do Rio Grande do Sul em maio e a redução temporária da capacidade internacional da companhia, que foi 8,0% menor ano contra ano foram apontados como principais causadores da queda na receita. “Sem esses impactos, estimamos que nossas receitas líquidas teriam ficado acima do segundo trimestre de 2023“, defendeu a companhia no balanço.
Impactos negativos e enchente no RS
O documento também aponta para um impacto negativo significativo em função das variações cambiais entre abril e junho, cerca de 3,1 bilhões de reais, em contraste com um desempenho positivo de 1 bilhão de reais registrado no mesmo período do ano passado.
Além disso, as enchentes no Rio Grande do Sul resultaram em um impacto financeiro de pelo menos 200 milhões de reais para a companhia. O estado representa, de acordo com a Azul, mais de 10% da capacidade da empresa.
Lucro operacional em queda
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu 1,1 bilhão de reais, queda de quase 9% na comparação anual. A margem Ebitda recuou em 1,9 ponto percentual, para 25,2%. Ainda segundo a empresa, o lucro operacional ficou em 441,2 milhões de reais (-25,5% contra o segundo trimestre de 2023), com margem de 10,6%, com 3,3 pontos percentuais abaixo do registrado no ano anterior.
Redução no custo por passageiro
Do lado positivo, a companhia divulgou queda de 1,8% no Cask (que é custo operacional por assentos-quilômetros oferecido) comparado com o segundo trimestre do ano passado, que ficou em 34,18 reais. A Azul argumenta que o resultado se deve a ganhos de eficiência operacional e maior utilização de aeronaves de última geração, parcialmente compensado pela desvalorização média do real em relação ao dólar americano em 5,3%, com preços de combustíveis 1,4% mais elevados e à inflação de 4,2% nos últimos 12 meses.
Reprogramando a rota
A companhia também revisou para baixo as projeções de desempenho para o restante do ano. A expectativa de crescimento da oferta foi ajustada de 11% para 7%. A previsão para o Ebitda foi alterada de “aproximadamente 6,5 bilhões de reais” para “mais de 6 bilhões de reais”. E a alavancagem passou de aproximadamente 4,2 vezes, para cerca de 3 vezes dívida líquida sobre Ebitda.
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