Ata do Copom e inflação devem agitar apostas sobre juros
Semana promete trazer mais um pouco de volatilidade ao mercado financeiro, com IPCA-15 no Brasil e PCE nos EUA
Os investidores devem acessar novamente as apostas sobre o futuro do ciclo de cortes da Selic durante os próximos dias.
Além da explicação do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre o que são as conjunturas domésticas “mais incertas” citada no comunicado, o mercado financeiro ainda deve responder a dados da prévia da inflação por aqui e do PCE (Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal), que é o número que o FED (Federal Reserve) acompanha mais de perto nos Estados Unidos para definição da política monetária.
Na Ata, a expectativa é por um esclarecimento quais são as incertezas domésticas que levaram o Banco Central a reavaliar as perspectivas para os cortes de juros, a partir da próxima reunião, em maio. Além disso, os investidores querem entender melhor o que significa a mudança na linguagem sobre a perspectiva futura da Selic.
Desde a decisão mais recente do Copom de reduzira a taxa básica de juros de 11,25% ao ano para 10,75% ao ano na quarta-feira passada, 20, a precificação da curva de juros futuros para o patamar mais baixo da Selic subiu 5 pontos base, de 9,54% ao ano para 9,59% ao ano.
Dados sobre a pressão sobre os preços também podem influenciar as apostas para os juros. Na terça-feira, 26, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), também conhecido como prévia da inflação oficial.
O consenso entre os economistas consultados pela Bloomberg é de forte desaceleração no mês de março para 0,32%, contra 0,78% em março. A leitura anual também deve apresentar um movimento benéfico para o indicador passando dos 4,48% acumulados até fevereiro, para 4,10% nos últimos 12 meses terminados em março.
Nos EUA, as medidas do PCE cheio devem mostra aceleração da pressão sobre os preços por lá, passando de 0,3% em janeiro para 0,4% em fevereiro. O núcleo do indicador, que exclui itens mais voláteis, no entanto, deve apresentar o movimento oposto, desacelerando dos 0,4% registrados em janeiro para 0,3% no mês passado.
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