Assessores negam esvaziamento de Guedes na execução do Orçamento
Assessores de Paulo Guedes (foto) afirmaram a O Antagonista que a decisão de Jair Bolsonaro de dar mais poder à Casa Civil na execução do Orçamento considerou um debate inicial proposto pela equipe econômica. Em reuniões no Palácio do Planalto, o ministro da Economia alertou sobre a necessidade de a coordenação política do governo participar do processo mais ativamente para evitar conflitos com os parlamentares...
Assessores de Paulo Guedes (foto) afirmaram a O Antagonista que a decisão de Jair Bolsonaro de dar mais poder à Casa Civil na execução do Orçamento considerou um debate inicial proposto pela equipe econômica. Em reuniões no Palácio do Planalto, o ministro da Economia alertou sobre a necessidade de a coordenação política do governo participar do processo mais ativamente para evitar conflitos com os parlamentares.
Um assessor de Guedes relembrou que o ministro da Casa Civil já é membro da Junta de Execução Orçamentária (JEO), que elabora a proposta enviada anualmente ao Congresso. Agora, com o decreto editado, os remanejamentos de recursos e publicação das decisões, que eram de competência exclusiva da Economia, precisam do aval de Ciro Nogueira.
“O ministro Paulo Guedes já dizia que era necessário fazer os acordos políticos caberem no Orçamento. Às vezes, um ministro e um parlamentar faziam um acordo com o relator do Orçamento, sem o conhecimento da Casa Civil, e o desgate de barrar as propostas era exclusivo da Economia. Agora isso vai mudar. Também não há desgaste com o Ciro Nogueira, que é bastante pragmático”, disse um assessor de Guedes.
Segundo outro assessor do ministro da Economia, a coordenação política do governo passará a filtrar as demandas, na intenção de reduzir os desgastes, que ficavam somente na conta de Paulo Guedes, quando o ministro barrava algum pedido. Ele ainda afirmou que Flávia Arruda, ministra da Secretaria de Governo, não poderá mais culpar o Ministério da Economia pelo suposto não cumprimento de acordos.
“Toda decisão de veto ou para barrar uma decisão do Congresso era do ministro Guedes. Agora haverá um filtro também da Casa Cvil. Isso é ruim para a ministra Flávia Arruda, que é responsável pela articulação com o Congresso. Ela não deu conta do recado e jogava para a Economia a culpa de acordos não cumpridos. Agora, há uma centralização na coordenação política, sobretudo em ano de eleição”, afirmou o auxiliar da equipe econômica.
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