As condições de Bolsonaro para manter Guedes na Economia
Em reunião ontem no Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro deu um voto de confiança a Paulo Guedes. O Antagonista apurou que o presidente prometeu não desrespeitar o teto de gastos...
Em reunião ontem no Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro deu um voto de confiança a Paulo Guedes. O Antagonista apurou que o presidente prometeu não desrespeitar o teto de gastos.
Por outro lado, o ministro da Economia precisa arranjar um jeito de liberar R$ 5 bilhões para investimentos públicos em obras este ano e solucionar o problema do Orçamento de 2021, que deve ser ainda mais engessado que o de 2020.
O voto de confiança passa também pela elaboração do programa Renda Brasil. Para isso, Guedes aposta em duas frentes, em esforço para abrir espaço no Orçamento.
A equipe econômica tentará aprovar a criação de uma nova CPMF na reforma tributária.
O governo espera arrecadar R$ 120 bilhões por ano com o imposto sobre transações financeiras, valor que deve abastecer parte do Renda Brasil.
Guedes também intensifica a articulação para aprovar, ainda este ano, a PEC do pacto federativo. O texto traz medidas para a contenção das despesas do governo, com o acionamento de “gatilhos” para evitar que os gastos ultrapassem o teto.
A ideia é do governo é apresentar uma nova proposta para retirar despesas consideradas “ineficientes” do Orçamento para abrir espaço para o novo programa social.
Logo após o encontro com Bolsonaro, Guedes voltou ao Ministério da Economia para uma reunião com o relator da PEC do pacto federativo, senador Márcio Bittar.
A estratégia envolve unificar em uma PEC as medidas que tratam do controle das despesas. É importante para a Economia aprovar a proposta ainda este ano, para o Orçamento de 2021 absorver algumas das mudanças. Mas a tramitação segue emperrada, com a reforma tributária avançando e as eleições municipais no horizonte.
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