Arrecadação e Galípolo devem movimentar mercados
Números devem trazer luz aos receios do mercado de que o governo superestima quanto terá de recursos para fazer frente as despesas
O dia começa com a divulgação dos dados de arrecadação federal de julho em meio as desconfianças de que as estimativas de receita do governo Lula estão superestimadas. A expectativa é de que a mão invisível do governo tenha alcançado cerca de 231 bilhões de reais dos bolsos do contribuinte brasileiro no mês de julho, contra 209 bilhões de reais em junho – de acordo com levantamento feito pela Bloomberg.
Em seguida, os investidores devem acompanhar a agenda do Banco Central, com Diogo Guillen, diretor de Política Econômica, em evento da PUC-Rio, e Gabriel Galípolo, diretora de Política Monetária, participa de congressos da Fenabrave da FGV às 17h.
À noite, o presidente da autoridade monetária brasileira, Roberto Campos Neto, participa do primeiro dia do Simpósio de Jackson Hole, com fala agendada para às 21h. As manifestações devem manter o tom de calibragem das expectativas que o colegiado assumiu após a reunião mais recente do Copom (Comitê de Política Monetária), em julho.
As falas devem equilibrar um tom que indique compromisso com o combate à inflação mas que tire a autarquia de uma sinuca de bico e obrigue o BC a subir os juros mais do que o necessário em setembro. A estratégia tem funcionado e tem devolvido credibilidade aos membros da autoridade monetária, mas os investidores ainda dão como certo um aumento de 0,25 ponto percentual na Selic no mês que vem.
No exterior, indicadores econômicos dos EUA, com especial atenção para o auxílio-desemprego podem acentuar as apostas em um ritmo mais acelerado de cortes dos juros americanos. A expectativa para o auxílio-desemprego é um aumento de cinco mil pedidos, para 232 mil a semana passada contra 227 mil do período anterior.
Tudo isso, enquanto o Ibovespa, principal índice acionário do país, engata um forte rali em agosto e renova recordes dia após dia. O mês da bolsa acumula quase 7% de valorização, enquanto o ano de 2024 está no positivo em 1,70%.
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