Armínio oferece reforma para presidente eleito
Armínio Fraga vai oferecer um plano de reforma previdenciária para o presidente eleito, seja ele quem for...
Armínio Fraga vai oferecer um plano de reforma previdenciária para o presidente eleito, seja ele quem for.
Ele disse para o Estadão:
“A reforma que está no Congresso permite fazer uma economia de R$ 40 bilhões ou R$ 45 bilhões por ano, em dez anos. Estamos falando de um ajuste necessário de R$ 350 bilhões por ano, então veja que a proposta de reforma da Previdência, como está, resolve apenas uma pequena parte. Estou coordenando um grupo, sob o comando de Paulo Tafner, que está elaborando uma proposta independente e apartidária de reforma da Previdência que permitiria uma economia bem maior. Caso essa proposta seja adotada – e ela será oferecida a quem vencer as eleições – é possível projetar uma economia de R$ 110 bilhões por ano, durante dez anos. Aí o resto do ajuste até que poderia vir da recuperação da economia. Pode até ser, mas não é isso que está no horizonte. Na verdade, há o risco de irmos para um buraco mais fundo.”
Ele explicou também que o novo governo vai ter de fazer um ajuste de 6% do PIB para pagar o rombo deixado por Dilma Rousseff e o PT:
“Será preciso no ano que vem fazer um ajuste da ordem de 6 pontos do PIB. A relação dívida/PIB está muito alta, em torno de 80%. O resultado primário terá de ser ainda maior do que era quando a relação era de 50%, porque seria irresponsável não reduzir a dívida. Esse ajuste do saldo primário terá de ser feito num prazo razoavelmente curto, sob pena de não ser crível. Até podemos conceder que, caso o eleito faça boas propostas de ajuste, se faça algo como 4 ou 5 pontos do PIB, e o resto venha da recuperação da economia. Mas se você pensar em reduzir a carga tributária será preciso reduzir o gasto público em mais do que cinco pontos do PIB, algo bem improvável (…).
O colapso fiscal de seis pontos do PIB que houve com a Dilma e o PT pode ser decomposto: um quarto foi a recessão, um quarto foram desonerações e subsídios, e o resto foi aumento de gasto. As desonerações, se consegue reverter. Já cortar gastos vai ficando mais difícil. O resto da resposta teria de vir de uma reforma da Previdência mais completa do que a que está no Congresso.”
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