Apple anuncia 600 demissões após abandonar projeto de carro autônomo
Empresa estaria direcionando esforços e recursos para o desenvolvimento de inteligência artificial generativa, considerada mais promissora
A Apple notificou o Departamento de Empregos da California que vai dispensar 614 colaboradores até 27 de maio. O aviso foi feito no dia 28 de março, e a maior parte dos cortes está prevista para a unidade responsável pelo projeto de desenvolvimento de uma veículo autônomo recentemente abandonado pela gigante da tecnologia.
A empresa liderada por Tim Cook evitou a avalanche de demissões realizada pelo setor iniciada após o fim da pandemia de Covid. Cook chegou a declarar em maio do ano passado que cortes de pessoal seriam uma medida utilizada em último caso.
De acordo com o site layoffs.fyi, que acompanha a dinâmica dos empregos no setor, somente neste ano foram mais de 50 mil demissões na indústria de tecnologia. Outras gigantes do setor, como Amazon, Google, Microsoft, Snap e PayPal também anunciaram reduções na força de trabalho este ano.
Esta seria a segunda leva de cortes da empresa que, de acordo arquivos de emprego da Califórnia, teria demitidos outros 121 trabalhadores do escritório de San Diego em janeiro deste ano. De acordo com a Bloomberg, o time estava conectado ao desenvolvimento de iniciativas de inteligência artificial e teria sido solicitada se juntar ao grupo lotado em Austin, no Texas.
Os cortes anunciados pela fabricante do Iphone vem após notícias sobre a desistência da empresa no desenvolvimento de um carro autônomo após uma década no empreendimento. De acordo com o Wall Street Journal à época, a Apple a ideia era redirecionar recursos e esforços para o desenvolvimento de inteligência artificial generativa, vertente de negócio considerada mais promissora.
Embora a companhia nunca tenha confirmado o projeto, analistas estimam que a Apple gastou bilhões de dólares no desenvolvimento de um carro autônomo até readequar as expectativas para um veículo semi-autônomo e, finalmente, abandonar a ideia, supostamente, no início deste ano.
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