Ansiedade pré-Copom
Com campanha do PT na rua contra taxas de juros e ministros do governo orientado pelo presidente Lula a criticarem patamar dos juros, os nove delegados do Copom (Comitê de Política Monetária) iniciam daqui a pouco o...
Com campanha do PT na rua contra taxas de juros e ministros do governo orientado pelo presidente Lula a criticarem patamar dos juros, os nove delegados do Copom (Comitê de Política Monetária) iniciam daqui a pouco o segundo e último dia de reuniões do colegiado para definir a meta da taxa Selic, pelo menos, até agosto. Em que pese as expectativas do mercado, todos esperam a manutenção dos juros básicos nos atuais 13,75% ao ano. No entanto, é pelo tom do comunicado do Comitê que todos anseiam.
Na curva de juros futuros, investidores precificam um corte de 0,25 p.p. em agosto e outro de 0,50 p.p. em setembro. E é isso que esperam poder ler no texto do Banco Central, logo mais, às 18h30. A depender da linguagem adotada no comunicado se moldarão as expectativa e preços a partir de amanhã.
A briga contra a inflação, no entanto, não é tão trivial quanto gostaria o presidente da República, que curte o ócio criativo (ou seria destrutivo) na Itália, ao lado de Domenico de Masi. Os ingleses acordaram hoje para a resiliência da pressão sobre os preços com novo recorde na inflação em trinta anos, a 8,7% . O dado mudou a percepção sobre os juros por lá e um aumento de 0,50 p.p. na taxa básica amanhã pelo BOE (Bank of England) ganhou força nas últimas horas.
Ainda no exterior, o presidente do FED (Federal Reserve) fala a parlamentares americanos e terá que explicar o porquê da pausa no ciclo de alta de juros na última reunião da autoridade monetária e ainda indicar que deve promover novas altas nos próximos encontros.
Com esse cenário, os investidores brasileiros enfrentam os negócios nesta quarta-feira que traz ainda commodities em queda. O minério de ferro recuou mais de 2% na primeira parte da sessão em Singapura, a US$ 110,40/tonelada. O petróleo oscila entre altas e baixas nas primeiras horas do dia, a US$ 75,87 o barril tipo Brent, às 8h02.
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