Americanas usa planilha para afirmar que diretores omitiram dívida
A Americanas deu continuidade ao embate judicial com o Bradesco nesta segunda-feira (18) ao protocolar uma nova manifestação no processo...
A Americanas deu continuidade ao embate judicial com o Bradesco nesta segunda-feira (18) ao protocolar uma nova manifestação no processo de Produção Antecipada de Provas movido pelo banco.
O objetivo da manifestação é provar que a antiga diretoria omitia informações sobre o chamado “Risco Sacado”. Segundo a planilha anexada ao documento, o grau de endividamento bruto da Americanas seria muito inferior aos R$ 17 bilhões no final de 2022 — a companhia entrou em recuperação judicial em janeiro com uma dívida de R$ 48 bilhões.
Um dado relevante é que, no caso específico do Bradesco, o endividamento informado na planilha era de aproximadamente R$ 989 milhões, enquanto no processo de Recuperação Judicial consta um valor muito maior, de R$ 5 bilhões, segundo a lista presente nos documentos do processo.
Além disso, com base no mesmo documento enviado à Justiça, a Americanas também alega que o Programa de Antecipação de Fornecedores (PAF) não tem relação com o tal Risco Sacado, como o Bradesco argumentou em petição judicial.
A empresa afirma que o PAF é um programa de antecipação de fornecedores com recursos próprios, implantado no final de 2021. A implantação do programa foi amplamente discutida e aprovada pelos órgãos superiores de governança da empresa, e ele está devidamente registrado nos demonstrativos contábeis, sendo informado ao mercado de forma transparente.
Portanto, se trataria de um financiamento com recursos próprios da companhia e não representa uma dívida junto aos bancos, como o Bradesco insinuou.
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