Alta da inflação em setembro surpreende e economistas pioram projeções
A economista-chefe do banco Credit Suisse, Solange Srour, afirmou que o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA), uma prévia da inflação oficial, ficou muito acima das expectativas de mercado e da própria instituição financeira. O indicador cravou aumento de 1,14%, maior resultado para o mês desde 1994. A mediana das estimativas dos analistas era de 1,04% e do banco de 1,06%...
A economista-chefe do banco Credit Suisse, Solange Srour, afirmou que o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA), uma prévia da inflação oficial, ficou muito acima das expectativas de mercado e da própria instituição financeira.
O indicador cravou aumento de 1,14%, maior resultado para o mês desde 1994. A mediana das estimativas dos analistas era de 1,04% e do banco de 1,06%.
“De forma geral, o resultado de hoje mostra que continua uma dinâmica de inflação muito desfavorável, com inflação generalizada entre os setores – e não só nos preços de bens, mas também nos preços de serviços, já que estes últimos apresentam maior demanda e maiores custos de insumos”, disse.
Com o resultado, a economista revisou a previsão de inflação para 2021 de 8,5% para 8,7%. Para o próximo ano, a estimativa continua em 5,2%, mas os riscos são de aumento nos próximos meses.
Em relatório distribuído aos clientes, o Bradesco afirmou que o resultado do IPCA-15 reforça o cenário de inflação pressionada no curto prazo.
“A prévia da inflação foi puxada pela forte alta de alimentação no domicílio, em função dos problemas climáticos que impactaram os preços de produtos in natura, e pela alta de preços monitorados, refletindo o encarecimento das contas de energia elétrica (com aumento do valor da bandeira de energia elétrica) e combustíveis (alta do etanol pressionando os preços da gasolina)”, afirmou a instituição financeira.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)