Alckmin ainda defende “esforço” por déficit zero
Vice-presidente entrou na articulação junto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tentar manter a meta de zerar o déficit em 2024
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta segunda-feira, 6, que o governo federal vai manter o esforço para zerar o déficit. A declaração de Alckmin vai na contramão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que desautorizou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e defendeu a revisão da meta, que pode pode sair de zero para até 0,5% do PIB em 2024.
“O governo tem compromisso com responsabilidade fiscal. Se você vai fazer no ano que vem, vai demorar mais seis meses, se vai ser 0%, 0,5%, é uma questão ainda a ser discutida“, afirmou.
“Mas o esforço todo será na linha de zerar o déficit fiscal e depois ter superávits fiscais sucessivos“, completou, relata.
Desde a declaração de Lula, aliados de Haddad dentro do governo tentam um recuo do presidente na discussão sobre qual deve ser a meta para o ano que vem. O grupo tenta evitar que o Planalto envie ao Congresso o pedido de mudança da meta de déficit zero prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Como noticiamos mais cedo, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defenderam que a meta de zerar o déficit nas contas públicas seja “perseguida” pela equipe econômica do governo.
“Antes do governo Lula assumir, nós aprovamos uma PEC de Transição, que obrigava um novo regime fiscal, depois votamos um regime fiscal através da lei complementar, se estabeleceu uma meta de redução do déficit ou de déficit zero no Brasil, essa meta deve ser continuamente perseguida e buscada”, afirmou Pacheco durante um evento do BTG Pactual, em São Paulo.
“Como foi colocado a princípio na imprensa, o primeiro impacto [da fala de Lula] era de que agora acabou o mundo. O ministro Haddad ratificou, em reunião conosco e publicamente, que vai continuar perseguindo o déficit zero”, disse Lira.
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