Agora vai, Mantega? Vale define processo de escolha de novo CEO
Empresa definiu calendário que prevê contratação de consultoria para confecção de lista tríplice de indicados e decisão de novo nome até dezembro
A mineradora Vale divulgou um cronograma com as datas para a definição de um novo presidente para a empresa. De acordo com comunicado ao mercado da companhia, as ações relacionadas ao processo são de competência do CA (Conselho de Administração) da mineradora e foram estabelecidas em conformidade com o Estatuto Social da Vale, o Regimento Interno do colegiado, as políticas corporativas da Companhia e as legislações aplicáveis.
O calendário estipula a data de 30 de junho para a contratação de empresa de consultoria de padrão internacional para condução do processo de seleção. A contratada apresentará ao CA um lista tríplice de candidatos selecionados até o dia 30 de setembro. A aprovação, formalização do contrato e apresentação do novo presidente da Vale deve ser resolvida até o dia 3 de dezembro deste ano.
O atual CEO, Eduardo Bartolomeu, seguirá à frente da mineradora até o último dia de 2024, e o novo presidente tomaria posse no dia 1º de janeiro de 2025. Nos dois meses seguintes, Bartolomeu auxiliaria na transição do novo CEO, quando então passaria a atuar como advisor da empresa até o final de 2025.
Guido Mantega preparando o currículo?
Em janeiro deste ano, com a proximidade do fim do mandato de Eduardo Bartolomeu circularam rumores não confirmados apontando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em campanha pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cargo de CEO da Vale.
Silveira estaria ligando a membros do Conselho de Administração da mineradora para que defendessem a candidatura de Mantega à presidência da companhia. Ainda segundo esses rumores, o ministro teria sido incisivo sobre o assunto e deixado claro que o presidente Lula quer o companheiro no principal assento executivo da empresa e não em uma cadeira do conselho, como chegou a circular alguns dias antes.
Cerca de duas semanas depois, o conselheiro José Luciano Duarte Penido alega em carta-renúncia que o processo de sucessão da empresa vinha sendo “conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política“. Informação que o próprio Penido disse não ter como provar e que seria fruto de notícias lidas na imprensa.
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