A agência de classificação de risco Moody’s atualizou a sua avaliação do Brasil nesta quarta-feira, 1º de maio, mudando a perspectiva de “estável” para “positiva”.

Este ajuste no rating de crédito é uma notícia positiva para a economia.

Segundo a Moody’s, essa mudança reflete “um crescimento mais robusto, combinado com um progresso contínuo, embora gradual, em direção à consolidação fiscal, pode permitir a estabilização do peso da dívida do Brasil”. Isso poderia levar à estabilização do peso da dívida em um futuro próximo.

A agência prevê que o Produto Interno Bruto real do Brasil deverá crescer em média cerca de 2% entre 2024 e 2025, e manter essa taxa no médio prazo. Este crescimento é significativamente superior ao encolhimento em 0,5% observados anualmente entre 2015 e 2019, antes da pandemia.

O comunicado destaca que o cenário decorre parcialmente das reformas estruturais que foram implementadas ao longo de várias administrações, dentre elas a concessão de autonomia ao Banco Central, implementada pelo governo Bolsonaro.

Essas reformas têm reforçado as barreiras de proteção institucionais, reduzindo a incerteza sobre o futuro político do Brasil.

Ressalvas

Apesar do otimismo, a Moody’s salienta que ainda existem riscos significativos para a execução das políticas de consolidação fiscal pelo governo.

O desafio continua a ser a alta rigidez nos gastos, a elevada carga da dívida e a fraca capacidade de pagamento, que são sensíveis a choques econômicos ou financeiros.