João Luiz Fukunaga, sindicalista com um mestrado em história mexicana voltado para literatura asteca que preside a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e integra o Conselho de Administração da Vale, conseguiu mais uma boquinha: uma vaga no Conselho de Administração da GRU Airport, responsável pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, registrou o Metrópoles.

Como o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil integra a Invepar (Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A.), Fukunaga foi eleito como membro titular do conselho da GRU Airport em 28 de maio. Ele deverá permanecer no cargo até 2026.

“O conselho de administração do GRU Airport é composto por 9 (nove) membros eleitos e destituíveis pela assembleia-geral, com mandato unificado de 2 (dois) anos, considerando ano o período compreendido entre 2 (duas) Assembleias Gerais Ordinárias, sendo permitida a reeleição. O conselho de administração reunir-se-á, ordinariamente, ao menos uma vez por trimestre, e, extraordinariamente, sempre que convocado na forma do estatuto social”, informa a GRU Airport.

Quem é Fukunaga?

Fukunaga foi escolhido como presidente da Previ no final de fevereiro de 2023.

Bancário no Banco Brasil desde 2011 e com um mestrado em história mexicana voltado para literatura asteca, Fukunaga é responsável por gerir mais de 250 bilhões de reais em ativos de 200 mil associados do banco.

Com mandato até 2026, ele recebe um salário de 64 mil reais para presidir a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil.

Em março, Fukunaga também integrou uma lista de 12 nomes indicados para compor o conselho de administração da Vale. Na mineradora, o vencimento médio dos conselheiros é de 98 mil reais.

Questionamentos

Em função de uma ação popular encabeçada pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP), a Justiça afastou Fukunaga do comando da Previ por duas vezes.

O desembargador Rafael Paulo Soares Pinto, do TRF-1, suspendeu o último afastamento em fevereiro de 2024, determinando que o sindicalista seja mantido no cargo até que o caso seja julgado em definitivo.

A ação questiona a competência de Fukunaga para ocupar o cargo.