A nossa resistência ao capitalismo
Gustavo Franco está no auge da sua forma como colunista. Hoje, ele escreve sobre a resistência dos brasileiros ao capitalismo, algo que "pouca gente sabe o que é, mas muitos odeiam"..
Gustavo Franco está no auge da sua forma como colunista. Hoje, ele escreve sobre a resistência dos brasileiros ao capitalismo, algo que “pouca gente sabe o que é, mas muitos odeiam”.
Reproduzimos, abaixo, o trecho final do seu artigo, um bom resumo da ópera-bufa que se transformou em trágica:
“É caprichosa a História, que organiza uma volta ao passado pela ascensão de um líder operário, a quem coube interromper o avanço do capitalismo no Brasil antes que começasse a modernizar demais as coisas. O Brasil mergulha num conservadorismo metido a progressista, cuidadoso e inercial no início, mas que adquire uma feição mais concreta já mais perto de 2008, quando entramos para valer num capitalismo companheiro, ou de quadrilhas e boquinhas.
“Não é a inflação que explode, mas a corrupção, uma outra expressão para o fracasso desse capitalismo “pela metade” sobre o qual não vale a pena gastar nem dois tostões de sociologia. Que o digam Joaquim Barbosa e Sergio Moro. Bobos fomos nós em levar a sério a “nova matriz” e outras ridículas vestimentas heterodoxas de que se serviu o cronismo caudilhesco que aqui se implantou. Não era keynesianismo, nem estruturalismo, mas apenas desonestidade, inclusive intelectual.”
O lulismo, que vicejou na nossa resistência ao capitalismo, é essencialmente desonesto.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)