À espera de nomes da transição, investidores avaliam balanços e IGP-DI
Enquanto aguarda o anúncio dos 50 membros da equipe de transição do governo Lula, mercado se debruça sobre balanços corporativos e dados de inflação. Agora pela manhã, a FGV divulgou os números do IGP-DI...
Enquanto aguarda o anúncio dos 50 membros da equipe de transição do governo Lula, mercado se debruça sobre balanços corporativos e dados de inflação. Agora pela manhã, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou os números do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna). O dado veio um pouco acima do esperado pelo consenso, mas ainda assim registrou recuo de -0,62% em outubro, contra -0,75% das expectativas na comparação mensal. No acumulado de 12 meses, a pressão sobre os preços caiu de 7,94% da leitura terminada em setembro, para 5,59% agora.
Os números do IGP-DI praticamente em linha com o esperado devem manter os juros futuros mais sensíveis às idas e vindas do cenário político, com a discussão sobre qual o instrumento a ser utilizado para gastos extras e qual será o volume necessário para essas despesas. Atualmente, a estimativa é de que fique em torno de R$ 200 bilhões o montante acima do teto de gastos necessário para fazer frente às medidas que o novo governo pretende implementar (aumento do Auxílio Brasil, reajuste do salário mínimo, reposição de cortes do Farmácia Popular, o programa de renegociação de dívidas de famílias e outros).
No cenário corporativo, com resultados divulgados por 31 das 92 empresas do Ibovespa até agora, pouco mais de metade delas apresentou lucros maiores que os esperados. Hoje será a vez de Bradesco (após o pregão) e BTG Pactual (agora pela manhã), na quarta-feira tem Banco do Brasil, e na quinta-feira o Itaú fala sobre o terceiro trimestre, encerrando o grupo dos grandes bancos.
No exterior, investidores globais mantém perspectiva de redução do ritmo do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, e bolsas de Wall Street indicam sessão no positivo para hoje. As eleições de meio de mandato por lá também tem contribuído para o bom humor dos investidores, com a ideia de que um parlamento com mais representantes republicanos impeça a projeção de gastos prevista nos planos democratas.
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