À espera de Galípolo, mercado acompanha prévia da inflação
Expectativa de apresentação do nome do novo presidente do BC segue na semana enquanto inflação pode acalmar apostas em juros
Investidores estão atentos a uma possível oficialização do diretor de Política Monetária e ex-número 2 da Fazenda, Gabriel Galípolo, para o comando do Banco Central. O presidente Lula deve chamar o “menino de ouro”, como se referiu ao ex-banqueiro e economia para uma conversa em breve. A expectativa é que desse encontro Galípolo saia como indicado para substituir o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra no fim deste ano.
Além disso, o mercado está atento aos números do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – 15 nesta manhã. A expectativa é que a desaceleração nos preços de alimentos, energia elétrica e passagens aéreas ajudem a desacelerar a prévia da inflação oficial de 0,30% em julho para 0,17% em agosto, de acordo com pesquisa da Bloomberg com analistas e economistas.
Na comparação anual, o número deve se afastar dos 4,5%, que marcam o teto da meta de inflação, registrados em julho para 4,34% agora.
Os números da pressão sobre os preços devem calibrar as apostas para a Selic. Os investidores continuam precificando uma alta de, pelo menos, 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros na reunião de setembro na curva futura. Nas opções de Copom (Comitê de Política Monetária) da B3, a alternativa encerrou a segunda-feira com 45% de chances, contra 34% de manutenção da Selic em 10,50% ao ano no próximo encontro do colegiado, e apenas 25% de probabilidade de uma alta de 0,50 ponto percentual.
Vale anuncia novo CEO
No cenário corporativo, as ações da Vale devem reagir ao anúncio do próximo CEO da companhia Gustavo Pimenta, aprovado por unanimidade pelo Conselho de Administração da mineradora.
Pimenta é atual vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores e substitui Eduardo Bartolomeo. A apresentação do novo comando desarma definitivamente a bomba Guido Mantega plantada pelo governo para emplacar o nome do ex-ministro da Fazenda no comando da empresa.
O processo de sucessão foi conturbado e levou à saída de dois conselheiros da mineradora, Vera Marie Inkster e José Luciano Penido, que falou de “nefasta influência política” na saída.
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