7-Eleven e o preço dos combustíveis
Quem conhece os Estados Unidos sabe que lá existe uma cadeia de lojas de conveniência chamada 7-Eleven, que funciona em postos de abastecimento. Esse "seven-eleven" significa que as lojas ficam abertas de sete da manhã (7 a.m.) às onze da noite (11 p.m.)...
Quem conhece os Estados Unidos sabe que lá existe uma cadeia de lojas de conveniência chamada 7-Eleven, que funciona em postos de abastecimento.
Esse “seven eleven” significa que as lojas ficam abertas das sete da manhã (7 a.m.) às onze da noite (11 p.m.), assim como uma das redes concorrentes, que se chama AM-PM (essa tem no Brasil) por operar non-stop.
Ontem, num determinado momento em que o preço do galão de gasolina atingiu sete dólares e onze centavos, um internauta americano publicou no Twitter uma charge se referindo à coincidência entre o nome da loja e o preço na bomba.
No mundo inteiro, a alta dos combustíveis está provocando protestos dos usuários, como se fossem eventos locais e não um acontecimento de âmbito mundial, que considero ser o Terceiro Choque do Petróleo.
Nos EUA, o presidente Biden quer aumentar a tributação das empresas petrolíferas, para que elas operem com menor margem de lucro.
Aqui, Jair Bolsonaro está querendo criar um vale-caminhoneiro no valor de R$ 400.
Em minha opinião, se tal coisa prosperar, vai apenas causar irritação entre os profissionais das estradas.
Quatrocentos reais pouco influem no custo mensal de combustíveis de uma carreta, treminhão ou rodotrem.
Cada enchida de tanque não sai por menos do que R$ 2.500 —se for no Acre, onde o litro de diesel está sendo vendido a R$ 11,00, R$ 3.200.
Estou falando de UM tanque, bem entendido.
No dia 20 de outubro do ano passado, o capitão-presidente já acenara com esse mesmo vale-caminhoneiro com valor idêntico: R$ 400. Além de enfurecer a classe, pelo mesmo motivo exposto acima, o auxílio não saiu da intenção.
Nesse dia, escrevi o Relatório Especial da Inv com o título “Proposta Indecente”.
Se foi indecente naquela ocasião, quando o litro de óleo diesel no Brasil estava cotado em média a R$ 5,30, muito mais é agora, com o preço variando ao redor de R$ 8,60 —aumento de 62%.
Se Bolsonaro tem como objetivo bater o favorito Lula nas eleições, é bom que seja mais imaginativo, ao invés de requentar ideias que não entusiasmaram os pretensos beneficiários.
Ivan Sant’Anna, trader, escritor e colunista na Inv Publicações
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