"Torto Arado" entre os semifinalistas do International Booker Prize "Torto Arado" entre os semifinalistas do International Booker Prize
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“Torto Arado” entre os semifinalistas do International Booker Prize

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2 minutos de leitura 11.03.2024 13:00 comentários
Cultura

“Torto Arado” entre os semifinalistas do International Booker Prize

Prêmio, um dos mais tradicionais da literatura, escolheu "Torto Arado" entre as melhores obras traduzidas ou publicadas em língua inglesa

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“Torto Arado” entre os semifinalistas do International Booker Prize
Foto: Divulgação

A versão em inglês do livro “Torto Arado”, de Itamar Vieira Júnior (foto), é uma das 13 semifinalistas do International Booker Prize, a principal premiação para a literatura em língua inglesa. O livro, chamado de “Crooked Plow” em sua versão traduzida, foi incluído em uma lista divulgada nesta segunda-feira, 11.

A lista será reduzida a seis finalistas em 9 de abril. A premiação deste ano ocorre em 21 de maio — e a premiação é de 50 mil libras esterlinas (318 mil reais, na cotação atual), dividida igualmente entre o autor e o tradutor (no caso de “Torto Arado”, o americano de descendência brasileira Johnny Lorenz). O livro venceu o Prêmio Jabuti, o principal da literatura brasileira, em 2020; além do Oceanos, aberto a todos os países falantes da língua portuguesa, em 2022.

O Brasil já chegou nesta lista na edição de 2022, quando “Marrom e Amarelo”, romance de Paulo Scott, foi selecionado na lista de 13 semifinalistas. Por lá, o livro ganhou o título de “Phenotypes” (“Fenótipos”), em uma alusão aos temas raciais tratados na obra.

O livro “Torto Arado”, considerado uma espécie de clássico do período da pandemia, vendeu cerca de um milhão de cópias desde seu lançamento em 2019 — e ainda permanece na lista dos mais vendidos em ficção, seja em plataformas físicas ou digitais. Nas cerca de 250 páginas da história, carregada de forte componente social, são retratadas as histórias das irmãs Bibiana e Belonísia, que trabalham em condição de trabalho escravo contemporâneo no interior da Bahia.

Um evento violento, logo nas primeiras páginas do livro, dá a tônica da relação das duas, já que uma delas, muda, se comunica pela irmã. A história conta a relação das irmãs não apenas entre si, mas com a comunidade e da comunidade com fazendeiros que ocupam as terras na região. Para escrever a história, Itamar disse ter se inspirado em seu trabalho como servidor do Incra.

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