Papa Francisco clama por reconciliação global no Dia Mundial da Paz
Pontífice abre o Jubileu de 2025 com apelos contra guerras, divisões e pela promoção do perdão
No Dia Mundial da Paz, celebrado em 1º de janeiro, o Papa Francisco usou sua mensagem para convocar fiéis e líderes globais a se comprometerem com o perdão e a reconciliação.
Durante a missa na Basílica de São Pedro, que também marcou o início do Jubileu de 2025, o pontífice destacou o tema do ano: “Perdoai-nos as nossas ofensas: dai-nos a Vossa Paz”, chamando atenção para a necessidade urgente de superar ódios, divisões e conflitos armados.
Francisco vinculou a celebração ao simbolismo da Porta Santa, aberta na véspera, representando o acesso ao coração misericordioso de Deus. Ele exortou: “A Porta está escancarada! Não tenhamos medo de atravessá-la. Jesus é a Porta da Paz que une os corações e desfaz os nós da violência e do ressentimento”.
Em sua tradicional mensagem “Urbi et Orbi”, Francisco fez um mapa das regiões mais afetadas por guerras e crises humanitárias. Ele mencionou a Ucrânia e a devastada Gaza, além de países como Israel, Síria e Líbano, pedindo atenção especial à situação humanitária. Na África, os destaques foram Mali, Sudão e Moçambique, enquanto, na América Latina, o pontífice fez apelos pela superação das divisões políticas no Haiti, Venezuela e Colômbia.
A mensagem incluiu um chamado ao desarmamento global e à valorização da dignidade humana: “É preciso coragem para abandonar as armas, perdoar e buscar caminhos de paz. A misericórdia de Deus é capaz de superar qualquer barreira”.
Francisco aproveitou a abertura do Ano Jubilar para destacar a sacralidade da vida e a necessidade de maior solidariedade internacional. Ele sugeriu que o Jubileu seja uma oportunidade para aliviar dívidas dos países pobres e fortalecer os valores da família humana. “Devemos derrubar muros, sejam eles físicos ou ideológicos, e redescobrir o verdadeiro sentido da vida”.
Ao final, o Papa agradeceu aos esforços de pessoas anônimas pelo bem comum, como professores, missionários e profissionais de saúde, e renovou sua mensagem de esperança: “Abramos nossos corações, assim como Deus abriu o Seu para nós. Que este ano seja marcado pela construção de um mundo mais justo e fraterno”.
Solenidade de Maria, Mãe de Deus
A Solenidade de Maria, Mãe de Deus, remonta às origens do cristianismo, sendo formalmente instituída no calendário litúrgico em 431 pelo Concílio de Éfeso. A data celebra a maternidade divina de Maria, reconhecida como Theotokos (Mãe de Deus), título que sublinha sua importância na história da salvação.
O caráter obrigatório da missa em 1º de janeiro pode variar de acordo com as decisões episcopais locais. De acordo com o Código de Direito Canônico (cân. 1246 §2), as conferências episcopais têm autonomia para determinar se o preceito de assistir à missa em algumas solenidades será obrigatório. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Conferência dos Bispos estabelece que, quando 1º de janeiro cai em um sábado ou segunda-feira, a obrigatoriedade é suspensa por motivos pastorais.
Além disso, o cânon 87 §1 do mesmo Código concede aos bispos diocesanos a autoridade para dispensar os fiéis do cumprimento do preceito, caso isso seja considerado benéfico para o bem espiritual da comunidade local. Essa flexibilidade resulta em diferentes práticas ao redor do mundo, ajustadas às necessidades e tradições de cada região.
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