Padre diz que Branca de Neve original é alegoria cristã e critica Disney
Jonathan Meer, de Indiana, afirma que conto expressa o Evangelho e denuncia “intervenções ideológicas” nas adaptações modernas

O padre católico e youtuber americano Jonathan Meyer, da Diocese de Dearborn County, Indiana, publicou um vídeo nas redes sociais defendendo a versão clássica de Branca de Neve e criticando a recente adaptação da Disney, lançada na semana passada em meio a polêmicas.
Ele argumenta que o conto dos Irmãos Grimm é uma analogia direta da vida cristã e não deveria ser alterado por “intervenções ideológicas”.
Segundo o sacerdote, a personagem Branca de Neve representa o povo de Deus do Antigo Testamento, que aguarda a vinda do Messias. A música “I’m Wishing”, entoada por ela na animação original da Disney de 1937, simboliza essa espera.
O príncipe, que a encontra junto ao poço, seria uma figura de Cristo, com o poço representando o batismo. “O povo de Deus encontra Deus que desce do Céu e os encontra na fonte batismal”, disse Meyer.
Ele interpreta a madrasta malvada como figura demoníaca, associando seu pecado à inveja, o mesmo de Lúcifer.
A oferta da maçã envenenada repetiria o gesto da serpente no Gênesis. Branca de Neve, ao comer a fruta, não morre, mas adormece, o que seria símbolo da morte espiritual da humanidade, revertida apenas com o retorno do príncipe, representando a segunda vinda de Cristo.
“Ela desperta com um beijo e parte com ele para um castelo nas nuvens. Isso é a promessa da vida eterna com Cristo no Céu”, declarou.
Meyer também vê os sete anões como representações dos sacramentos, virtudes ou dons do Espírito Santo, com os quais a Igreja entra em aliança. “Branca de Neve promete cuidar deles, como mãe. Eles prometem protegê-la. Assim é nossa relação com Cristo”, disse.
O sacerdote critica as releituras atuais da história, afirmando que “não precisamos destruir os contos dos Irmãos Grimm” porque “talvez haja verdades bíblicas neles”.
Para ele, as adaptações modernas “tentam erodir histórias que nos dizem quem somos, de onde viemos e para onde vamos”.
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