Novo estudo científico reforça autenticidade do Santo Sudário
Análise com raios X aponta que o tecido pode datar da época de Jesus Cristo
Cientistas italianos fizeram uma descoberta que pode mudar o rumo das discussões sobre a autenticidade do Santo Sudário, uma das relíquias mais importantes do cristianismo.
Utilizando uma técnica avançada chamada Wide-Angle X-ray Scattering (WAXS), os pesquisadores do Instituto de Cristalografia da Itália determinaram que o linho do Sudário foi fabricado há cerca de 2.000 anos, coincidindo com a época de Jesus Cristo. Cristalografia é a ciência que estuda a estrutura interna dos cristais. Ela analisa como os átomos se organizam em sólidos usando técnicas como a difração de raios X, ajudando a determinar a estrutura e as propriedades dos materiais.
Essa revelação contrasta diretamente com os testes de carbono realizados em 1988, que dataram o Sudário como sendo da Idade Média. Liberato De Caro, autor principal do estudo mais recente, argumenta que a pesquisa anterior pode ter sido comprometida por contaminações no material analisado, tornando os resultados de datação por carbono pouco confiáveis.
A nova análise mediu o envelhecimento natural da celulose no linho, utilizando parâmetros específicos como temperatura e umidade, e comparou os resultados com tecidos antigos encontrados em Israel, datados do primeiro século.
A descoberta reacende o debate sobre a autenticidade do Santo Sudário, um pano de aproximadamente 4,3 metros de comprimento que muitos acreditam ser o lençol que envolveu o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação. A imagem de um homem com ferimentos compatíveis com a crucificação descrita na Bíblia continua a intrigar cientistas, historiadores e religiosos.
Outro estudo, publicado no Catholic Medical Quarterly em 2022, defende que Jesus pode ter morrido devido a uma lesão no ombro, possivelmente causada ao carregar a cruz. Esta pesquisa, conduzida por Patrick Pullicino, um neurologista que se tornou padre, analisa a imagem do Sudário e sugere que uma luxação no ombro direito teria levado a um rompimento da artéria subclávia, resultando em um sangramento interno fatal.
O que é o Santo Sudário?
A Bíblia relata que José de Arimatéia envolveu o corpo de Jesus em um lençol de linho antes de colocá-lo no túmulo, conforme descrito em Mateus 27,59-60. Agora, novas evidências sugerem que o Santo Sudário pode ter sido feito durante o mesmo período, reforçando a teoria de que o pano possa ser autêntico.
Essa nova evidência científica é especialmente relevante para David Rolfe, um cineasta britânico que, em 1978, iniciou um documentário com o objetivo de desmascarar o Sudário. Inicialmente ateu, Rolfe se converteu ao cristianismo após anos de estudo sobre a relíquia, convencido de que a imagem no Sudário não poderia ter sido criada por mãos humanas.
Hoje, Rolfe oferece um prêmio de US$ 1 milhão para qualquer pessoa que consiga reproduzir a imagem do Santo Sudário em um tecido de linho, sem o uso de tinta, corante ou outros agentes. Até o momento, ninguém conseguiu reivindicar o prêmio, o que, para Rolfe, apenas reforça a autenticidade da relíquia.
O Santo Sudário, atualmente em Turim, Itália, é considerado por muitos como o verdadeiro lençol que envolveu o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação.
A relíquia foi primeiramente documentada em Lirey, na França, por volta de 1360, e desde 1578 está guardada na Capela Real da Catedral de São João Batista em Turim, Itália. Embora tenha enfrentado ceticismo ao longo dos séculos, especialmente após descobertas de outros sudários que também reivindicavam ser autênticos, a veneração ao Santo Sudário foi formalmente reconhecida pela Igreja Católica em várias ocasiões, incluindo a aprovação de uma Missa especial “de Sancta Sindone” pelo Papa Júlio II em 1506.
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