Morgan Freeman critica mês da história negra: “Minha história é a história americana”
"A mera ideia de você me dar o mês mais curto do ano para celebrar 'minha' história faz meus dentes rangerem. Não é certo"
Morgan Freeman, 87 anos, voltou a criticar a ideia do mês da história negra. Em entrevista à Variety no sábado, 15, Freeman expressou seu desagrado. “Eu detesto isso”, afirmou. “A mera ideia de você me dar o mês mais curto do ano para celebrar ‘minha’ história faz meus dentes rangerem. Não é certo.”
Freeman enfatizou que sua história é a história americana e destacou a importância de conhecer a história do país. Ele relacionou essa visão com seu próximo projeto, “The Gray House”, baseado na história real de três mulheres que atuaram como espiãs da União durante a Guerra Civil. Freeman é o produtor executivo do filme.
“Se você não conhece seu passado, se não o lembra, está fadado a repeti-lo”, disse Freeman.
Freeman e o Racismo
Morgan Freeman, vencedor do Oscar, tem se posicionado contra a segregação da história negra há anos. Em 2023, ele se referiu ao mês da história negra como um “insulto” e rejeitou o termo “afro-americano”. “Não assino embaixo desse título”, declarou. Freeman questionou a validade dos diversos títulos atribuídos aos negros ao longo da história, mencionando que tais rótulos perpetuam divisões.
O ator também acredita que a melhor forma de acabar com o racismo é parar de falar sobre ele. “Vou parar de te chamar de homem branco, e vou te pedir para parar de me chamar de homem negro”, sugeriu em uma entrevista.
Ao longo de sua carreira, Freeman recebeu cinco indicações ao Oscar, ganhando uma vez pelo filme “Menina de Ouro”. Ele também foi homenageado com o Prêmio Kennedy Center em 2008 e o Prêmio Cecil B. DeMille, pelo conjunto da obra, no Globo de Ouro de 2012.
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