Maitê, sobre Regina: “Defendo o direito dela de pensar diferente”
Em entrevista a O Globo, Maitê Proença voltou a defender a indicação de Regina Duarte para o comando da Secretaria Especial da Cultura...
Em entrevista a O Globo, Maitê Proença voltou a defender a indicação de Regina Duarte para o comando da Secretaria Especial da Cultura.
No último sábado, como noticiamos, Regina agradeceu à colega em uma publicação no Instagram.
“A gente não conversou, só trocamos posts. Defendo o direito dela de pensar diferente. Isso não a torna perversa. Com esse imediatismo, tende-se a esquecer da pessoa que conhecemos há 55 anos, da cultura, que prestou serviços, é e sempre foi honesta e bem intencionada. Todas essas características se apagam porque não pensa igual a mim? Achei feio que nossa classe a tenha apedrejado, como se ela tivesse se transformado”, afirmou Maitê.
“Sei de muita gente da classe que apoia a Regina, mas não tem coragem de vir a público. Ela está cercada de gente que gosta dessa indicação porque, considerando o cenário sinistro em que a gente está instalado, é uma opção excelente, a melhor da possibilidades. Acho que ela quer aproximar este governo da classe. Isso saiu da boca dela e não é suficiente, mas já é alguma coisa. Porque a classe é composta de gente criativa, mestiça, com ideias arejadas, como deve ser a cultura.”
Ela disse ainda:
“As pessoas ficam com medo de mostrar o que pensam e pendem para lá e para cá dependendo do que seus colegas querem ouvir. Eu acredito numa postura independente, de alguém que pensa de fato. A Regina se tornou uma pessoa mais conservadora ao longo dos anos, mas isso não a torna perversa. Como artista que já fez personagens de todas as ideologias, acho, sobretudo, que vai ser muito difícil que esse presidente a frite, como tem feito com ministros. Porque ela é adorada pelas pessoas de todas as ideologias, por conta dos personagens que fez, tanto os mais progressistas quanto os conservadores. Acho que a gente deve dar uma chance. Ela não é uma pessoa ruim, não é nazista. É bem intencionada e acho que a classe artística deve abraçá-la e se manifestar a favor, em vez de ficar tacando pedra.”
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