Cientistas planejam trazer mamutes de volta: Jurassic Park pode virar realidade?
Startup americana quer ressuscitar mamutes-lanosos usando elefantes e tecnologia CRISPR
A ideia de trazer espécies extintas de volta à vida, antes vista como ficção científica, está prestes a se tornar realidade com o projeto ambicioso da startup americana Colossal Biosciences.
A empresa planeja ressuscitar o mamute-lanoso, extinto há 4.000 anos, até 2028. Usando tecnologia avançada de edição genética CRISPR, os cientistas pretendem inserir DNA de mamutes em elefantes asiáticos, espécie com 99% de similaridade genética, criando uma versão híbrida desses gigantes pré-históricos.
Liderado pelo geneticista George Church, da Universidade de Harvard, e pelo empreendedor Ben Lamm, o projeto conta com Beth Shapiro, uma das maiores especialistas em DNA antigo, como cientista-chefe. Curiosamente, Shapiro já se manifestou contra a ideia em 2015, chamando-a de “terrível”. Contudo, com os avanços da ciência, ela agora acredita que a ressurreição do mamute pode se tornar tecnicamente viável em poucos anos.
A comparação com o clássico filme Jurassic Park é inevitável. No filme, cientistas conseguem reviver dinossauros a partir de DNA retirado de mosquitos fossilizados. Embora esse cenário seja impossível na realidade, a abordagem da Colossal inverte a lógica: ao invés de restaurar o DNA completo de uma espécie extinta, os pesquisadores estão modificando o DNA de elefantes com segmentos essenciais do código genético do mamute.
Porém, nem tudo é glamour de cinema. Críticos do projeto alertam para os riscos ecológicos e éticos de “brincar de Deus” com a natureza. Para muitos cientistas, os perigos vão além de falhas técnicas. Existem preocupações sobre o impacto dessas espécies em ecossistemas atuais, além de possíveis sofrimentos impostos aos animais, tanto às mães elefantas quanto aos “mamutes” recriados.
Ainda assim, os defensores acreditam que os mamutes poderiam ajudar a restaurar ecossistemas árticos, mitigando as mudanças climáticas. Essa visão, que transforma a fantasia de Jurassic Park em uma possível ferramenta contra o aquecimento global, é o que motiva os envolvidos no projeto a seguir adiante.
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