Blackface: Fernanda Torres se desculpa após polêmica woke
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Blackface: Fernanda Torres se desculpa após polêmica woke

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Alexandre Borges
4 minutos de leitura 28.01.2025 08:17 comentários
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Blackface: Fernanda Torres se desculpa após polêmica woke

Fernanda divulgou um pedido de desculpas, afirmando lamentar profundamente o ocorrid

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Blackface: Fernanda Torres se desculpa após polêmica woke
Foto: Reprodução

A atriz Fernanda Torres, 59, se tornou alvo de polêmica nas redes sociais após a circulação de uma esquete exibida no programa Fantástico há quase 20 anos, em que ela aparece utilizando “blackface”, que é quando uma pessoa branca pinta o rosto ou o corpo de preto para interpretar uma pessoa negra.

Fernanda divulgou um pedido de desculpas, afirmando lamentar profundamente o ocorrido. A repercussão do caso, no entanto, reacendeu debates sobre a cultura woke, “moralidade retroativa” e as consequências de discursos que, segundo críticos, priorizam narrativas simbólicas em detrimento de ações concretas.

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Em sua declaração, Fernanda diz que o uso do “blackface” é inaceitável nos dias de hoje e que, à época, a prática era compreendida de forma diferente no Brasil. “Naquele tempo, apesar dos esforços dos movimentos negros, a consciência sobre a história racista e o simbolismo do blackface ainda não havia alcançado o entendimento do público geral no Brasil”, afirmou.

A resposta da atriz ocorre em um momento em que figuras públicas têm sido frequentemente cobradas a prestar contas por atos do passado, sob os parâmetros éticos e culturais contemporâneos. Para o professor Paulo Cruz, essa prática é uma manifestação do que ele chama de “ideologias do ressentimento”.

O professor e colunista é crítico da cultura woke, que, segundo ele, busca revisar o passado sem levar em conta seus contextos históricos e sociais. Ele argumenta que muitas práticas não devem ser avaliadas apenas pelos valores atuais. “A história da humanidade não pode ser julgada por critérios ou virtudes particulares do presente”, afirma.

Thomas Sowell, um dos intelectuais mais relevantes do século XX, é um crítico ferrenho daquilo que ele define como “white guilt” (“culpa branca”). Segundo Sowell, esse sentimento, difundido entre muitos brancos como resposta às injustiças históricas, frequentemente resulta em políticas e gestos simbólicos que pouco fazem para resolver problemas concretos.

Ele argumenta que práticas como o “blackface” são usadas como exemplos em debates que, na verdade, priorizam a expiação da culpa histórica por parte de brancos, enquanto ignoram os desafios reais enfrentados pelas comunidades negras.

Sowell também questiona o foco excessivo em questões simbólicas que, segundo ele, desviam a atenção de problemas estruturais mais urgentes. Ele acredita que debates como o que envolve o “blackface” frequentemente reforçam uma cultura de vitimização, que reduz o protagonismo das comunidades negras e alimenta narrativas que mantêm o ressentimento vivo.

Em vez disso, Sowell defende uma abordagem mais pragmática, baseada na igualdade de oportunidades e na valorização do mérito individual como caminho para o progresso.

Para Sowell, gestos como pedidos públicos de desculpas, amplamente celebrados por parte da opinião pública, não passam de “virtue signaling” — demonstrações superficiais de virtude que beneficiam mais a imagem de quem os realiza do que as pessoas que alegadamente seriam ajudadas. Ele ressalta que o verdadeiro combate ao racismo não está em debates simbólicos, mas em ações concretas que garantam autonomia e prosperidade.

Paulo Cruz também critica o “fetiche” de pedidos de desculpas públicos como um meio de expiação simbólica. Para ele, gestos como esses reforçam a narrativa de que o combate ao racismo deve ser travado no campo das narrativas, enquanto problemas reais, como dificuldades enfrentadas pelos negros na educação e no mercado de trabalho permanecem à margem do debate.

A importação de narrativas elitistas estrangeiras sobre questões como o “blackface”, profundamente associadas à história racial norte-americana, também é questionada. Cruz alerta para os perigos de adotar esses conceitos sem considerar as especificidades culturais e históricas brasileiras, resultando em uma visão distorcida das relações raciais no país.

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Alexandre Borges

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Comentários (1)

Marcia Elizabeth Brunetti

28.01.2025 08:57

Concordo com o Prof. Paulo Cruz, mas acho que serve bem para esses artistas que já vivenciaram e ganharam dinheiro explorando as fragilidades dos negros, gays, obesos etc. Se fizeram é porque eram recistas (hoje disfarçados). Outro dia Fernandinha falou para Lules que "essa gente que não viveu a Ditadura...". Ora, então parem de ficar reacendendo o problema da Ditadura Militar. Também foi uma época e acabou. Brasileiro não aceitará mais. Nosso medo hoje é a ditadura Woke e a falsa Democracia.


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