Agamenon: papa essa, Brasil!
Como diria o ministro da Inducassão, Abraão Weintrauma, o Brasil não tem "geito" mesmo. Analisando os seus posts no Tuíte, o ministro não pode nem ser considerado um analfabeto funcional: ele não passa de um analfabeto funcionário, pago com o dinheiro do contribuinte desempregado...
Como diria o ministro da Inducassão, Abraão Weintrauma, o Brasil não tem “geito” mesmo. Analisando os seus posts no Tuíte, o ministro não pode nem ser considerado um analfabeto funcional: ele não passa de um analfabeto funcionário, pago com o dinheiro do contribuinte desempregado.
Mas, se o assunto é “inguinorânçia”, a oposição não fica atrás. O ex-presidiário Luiz Pontifício Lula da Silva foi recebido em audiência privada pelo papa Francisco Buarque I e acabou levando uma abençoada do Sumo Pontífice.
Não dá para acreditar nessa história por dois motivos. Primeiro: o Santo Padre é argentino e não dá para levar nenhum argentino a sério. Segundo: os petistas querem a canonização de Luísque Inácio Lula da Silva. Para os petistas ortodoxos, Lula é um santo, pois realizou o milagre de transubstanciar a grana da Odebrecht no triplex do Guarujá e no sítio de Atibaia.
Cristão caridoso, Lula queria acabar com o problema dos brasileiros sem casa. Casa de campo, principalmente. E qual é o problema de começar justamente por ele mesmo? Afinal, Lularápio também não é filho de Deus?
No final da audiência religiosa, Lula ganhou um crucifixo do papa e retribuiu com um terço — um terço de supostas contas secretas no Paraíso Fiscal. O Paraíso Fiscal, de acordo com as Sagradas Escrituras, é um lugar no qual os anjos, arcanjos, serafins e querubins tomam conta da grana contra as investidas do capeta e da Polícia Federal.
Lula não quis se confessar para o papa Francisco porque não tinha levado nenhum advogado. Mesmo assim, o ex-presidiário se comparou a Jesus Cristo. A diferença é que Cristo foi crucificado pelos romanos, e Lula foi crucificado pela direita golpista.
Enquanto isso, no Brasil, o Carnaval está chegando e ninguém quer saber mais de nada. Até os evangélicos entraram na folia e organizaram um bloco de Carnaval gospel no Aterro do Flamengo. No meio da fuzarca de Noé, a multidão assistiu ao presidente Jair Bolsonaro praticar um golden shower no prefeito Marcelo Crivella.
Chocados com aquele ato homo-urinário, os pastores evangélicos concluíram que o Jair estava possuído pelo demônio e na mesma hora exorcizaram Bolsossauro retirando um monte de verbas satânicas do corpo do presidente.
Quem estiver se preparando para brincar o Carnaval tem que ter muito cuidado. Ninguém pode mais se fantasiar de índio porque é um desrespeito aos povos da floresta. Nem se vestir de mulher, porque é machismo. E muito menos de tirolês, porque pode ser acusado de nazista. Não pode sair de pierrô nem colombina, pois trata-se de um estereótipo de casal pequeno-burguês neoliberal. Também não pode mais se fantasiar de pirata, pois a Polícia Federal pode achar que você é deputado ou senador. A fantasia de havaiana também foi proibida — não fica bem fazer propaganda de chinelo. E o mais importante: “não é não”. A não ser que o folião, em vez de roubar um beijo, peça para levar a carteira, o relógio e o celular.
Por isso mesmo, vou sair no Bloco dos Sujos, que reúne a rapaziada que foi solta pelo Gilmar Mendes. É gente para caramba. Evoé, Momo!
Agamenon Mendes Pedreira é o Rei Momo da Etiópia
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