Agamenon: “Operação Lava Hacker”
Desde pequeno, minha mãe (como todos estão cansados de saber, tive vários pais, mas só uma mãe), insistiu para que eu me tornasse um Diplomata...
Desde pequeno, minha mãe (como todos estão cansados de saber, tive vários pais, mas só uma mãe), insistiu para que eu me tornasse um Diplomata. O Diplomata era um automóvel da Chevrolet, um pouco mais moderno que o meu Dodge Dart 73 enferrujado, que vive estacionado na Rua da Amargura, sem número, fundos e que me serve de residência.
Sem dúvida, o Diplomata tem muito prestígio e permite conhecer o mundo, desde que se tenha dinheiro pra gasolina. Diplomata em geral bebe muito, e o vaivém, inerente à carreira, dói muito quando não se está acostumado.
Por não ter ouvido os conselhos de minha querida mãezinha, não fiz curso de chapeiro, não aprendi a fritar hambúrguer, hot dog, sundae nem fritar batatas. Tivesse seguido os conselhos maternos, estaria apto para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos e assim me dedicar ao ócio com dignidade. Para espantar o tédio, sairia nos fins de semana para atirar nuns ursos com o filhósofo Nãolavo Meucarvalho em alguma sauna da Carolina do Norte.
Felizmente, sou cabeça dura e teimoso e preferi ingressar no jornalismo Alcione, o marrom, que, aliás, está com ódio do Bolsonaro, que chamou todos os paraíbas de baianos, cabeças-chatas de paus de arara. O jornalismo organizado é muito violento, mas também traz ótimas oportunidades de enriquecimento ilícito.
O jornalismo investigativo, por exemplo, quando exercido com cuidado e discrição, permite o lucrativo exercício da chantagem e do achaque sem escrúpulos e sem recibo. Vejam o caso dos hackers do Intercept, por exemplo.
No submundo do jornalismo, também posso escrever com exclusividade as bobagens que o presidanta Jair Bolsoloide fala diuturnamente e noturnamente como se fosse uma Dilma Roskoff de coturnos.
A perseguição da imprensa comunista é implacável e, por conta disso, Bolsossauro perdeu a paciência (num táxi) e resolveu partir para a ignorância. Aliás, já chegou lá e de lá não pretende sair tão cedo.
Atualmente o grande negócio no Brasil é o cripto-hackeamento. Finalmente o país entrou na era da Picaretagem Digital! Só assim poderemos reconquistar o título de campeão mundial da corrupção e dos escândalos, não necessariamente nessa ordem.
Por isso, tenho me dedicado à interceptação de todas as conversas ilícitas de nossas autoridades. E isso dá um trabalho danado, pois eles não falam de nenhum assunto legal. Estou tranquilo na minha impunidade; os cyber-agentes da Polícia Federal jamais conseguirão me encontrar, pois há muito tempo os créditos do meu celular se acabaram. Só hackeio ligando de orelhão a cobrar.
O problema não é o fim da Ancine, o Bolsonaro chamar os paraíbas de cabeça-chata e muito menos o Eduardo Bolsochapa ser embaixador do Brasil nos Estados Desunidos.
O “pobrema” é a concorrência desonesta e desleal de estelionatários de quinta categoria que ligam para a Manivela Dávila para acusar o Sergio Moro de ser um mau-caráter renomado. Ora, todos sabem que o Moro não passa de um elemento honesto e de princípios, o que é um insulto e uma vergonha no Brasil.
Agamenon Mendes Pedreira é descendente do Barão de Pau Barbado (ou será de Pau Casado?), o patriarca da Diplomacia Passiva Brasileira.
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