Agamenon: Obrando e Andando
A vida de desempregado no Brasil está cada vez mais difícil. Você passa o dia inteiro andando por Seca e Meca, de déu em déu, procurando algum “serviço”, um biscate, um bico. Qualquer coisa serve: uma negociata beneficente, uma verba inacabada, uma concorrência fraudulenta, uma palestra superfaturada. Eu tô topando qualquer parada pra arrumar algum “qualquer.” Mas tá duro... Em mais uma bravata, o ex-presidente Lincoln Inácio Lula da Silva disse que se morrer vai virar santo, se for solto vai ser presidente, mas, se for preso, vai ser condenado mesmo
A vida de desempregado no Brasil está cada vez mais difícil. Você passa o dia inteiro andando por Seca e Meca, de déu em déu, procurando algum “serviço”, um biscate, um bico. Qualquer coisa serve: uma negociata beneficente, uma verba inacabada, uma concorrência fraudulenta, uma palestra superfaturada. Eu tô topando qualquer parada pra arrumar algum “qualquer.” Mas tá duro… quer dizer, nem duro fica mais.
A culpa da recessão no Brasil não é do preço das commodities, da taxa de juros nas alturas nem do déficit público descontrolado. A culpa da recessão é do juiz Sérgio Moro, que não deixa ninguém mais roubar em paz, ganhar a vida fraudulentamente, com o suor dos outros, como sempre se fez neste país. O problema do Brasil são os costumes, os valores e a ética. Os costumes, porque já estamos acostumados; os valores, que não podem ser só de 20%; e a ética que tem que ser substituída pela ótica: ninguém viu nada! Com essa ética aí do Sérgio Moro não dá para um cidadão de bens, como o Marcelo Odebrecht, viver indecentemente.
Então, dia desses voltava eu mais cedo do meu desemprego numa boa, na paz. Subitamente, ao dobrar a esquina da Rua da Amargura, onde a minha residência, o Dodge Dart 73 enferrujado, se encontra estacionada, acabei levando um susto. Minha viatura de habitação estava cercada de tapumes! Centenas de operários se movimentavam incessantemente de lá para cá. Guindastes, gruas, betoneiras virando concreto, arquitetos, engenheiros e mestres de obras se debruçavam sobre plantas e planilhas enquanto gritavam ordens pra peãozada. Um caminhão da Kitchens aguardava o término dos trabalhos para instalar uma cozinha computadorizada de última geração.
Para entrar na minha própria casa, tive de me identificar, colocar um crachá e botar um capacete de obra. No quarto do casal, reparei na churreada Isaura, a minha patroa, e vi que ela tinha levado uma “geral” completa, com direito a reboco, botox e silicone. O “pobrema”, como diria o Lula, é que a Isaura, a minha patroa, estava levando uma “pintada” de um paraíba baixinho a título de “acabamento”.
Intrigado com aquilo tudo, cheguei a pensar que tinha me tornado mais uma vítima do Lata Velha do Luciano Huck. Eis que aparece o empreiteiro Leo Dinheiro, da Construtora Odecheque, para me explicar a situação cabulosa :
– Calma, Agamenon! Não é nada disso que você está pensando. Esta pequena reforma é apenas um auxílio desinteressado para que você possa suportar a sua penúria com mais conforto.
– Mas… e se o japonês da Federal aparecer? O que é que eu faço? – indaguei ao sagaz empreiteiro.
– Ora, Agamenon, se a Federal aparecer, você pega um pedaço de pau e dá na cabeça da Isaura, a jararaca da sua patroa. Mas tem que ser na cabeça, não adianta dar uma paulada no rabo! Em seguida, você convoca a imprensa e diz que o Dodge Dart não é seu, que você não sabe quem é a Isaura e se lança candidato a presidente em 2018! – desembaçou o empresário.
Agamenon Mendes Pedreira é a favor do Moro privilegiado.
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Em mais uma bravata, o ex-presidente Lincoln Inácio Lula da Silva disse que se morrer vai virar santo, se for solto vai ser presidente, mas, se for preso, vai ser condenado mesmo
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