Agamenon: O imbecil exclusivo
Olavo de Carvalho morreu, mas passa bem. O guru bolsonarista bateu as botas e gerou uma onda de comemorações jamais vistas antes nas redes antissociais. Nãolavo Meu Carvalho sempre foi um sujeito polêmico, detestado por uns, odiado por outros...
Olavo de Carvalho morreu, mas passa bem. O guru bolsonarista bateu as botas e gerou uma onda de comemorações jamais vistas antes nas redes antissociais. Nãolavo Meu Carvalho sempre foi um sujeito polêmico, detestado por uns, odiado por outros. “Filhósofo” renomado, formou uma série de pensadores do calibre de Endoidado Bolsonaro e seu irmão Cartucho. Introduziu o palavrão na filosofia contemporânea, principalmente em sua biografia, O Imbecil Coletivo. Em outro livro, O Mínimo que Você Precisa Saber para Não ser um Idiota, esqueceu de colocar a vacinação na sua lista. Negacionista com toda razão, só faz o que manda o seu três-oitão. Por conta disso, resolveu morar na Virgínia, no meio do mato, para mandar bala nos ursos da região, mesmo aqueles que assistiam aos seus cursos.
Na sua juventude, foi comunista de carteirinha e aprendeu com os stalinistas a ser de extrema direita. No Partido Comunista, transformou-se num marxista cultural e se dedicou a destruir o sistema por dentro. Começou com a astrologia, depois passou à bruxaria, ao cabalismo e à magia negra. Tornou-se um mestre do ocultismo e do ilusionismo, ocultando a grana que recebia e iludindo uma legião de fãs. Também foi muçulmano extremista, mas foi expulso do movimento por Osama bin Laden, que considerava suas ideias muito radicais.
Mais velho, resolveu criar a Nova Direita, uma ideologia conservadora praticada por idosos com mais de 80 anos. Essa visão de mundo que rejeitava o politicamente correto chamou a atenção de Jair Bolsoasno, que, empolgado, coloriu todos os livros do bruxo da Virgínia, construindo assim o arcabouço teórico do seu governo. Mesmo exercendo grande influência sobre Bolsonada, Olavo recusou ser ministro da Educação, não por causa do salário, mas porque não tinha a menor educação.
Fumava que nem uma chaminé e achava que o tabaco só dava câncer nos não fumantes. Também achava que a pandemia da Covid era uma criação da esquerda maoísta da China. Extremista homofóbico, também recusou ser inoculado com o perigoso vírus de bruços. Onagro de Carvalho era um sujeito cabeça-dura e preferia perder a saúde a perder uma discussão. Mesmo doente e infectado, recusou-se a tomar a vacina azulzinha da Pfizer. Jornalista, ensaísta, alquimista, armamentista, chauvinista, integralista, helenista, terraplanista, negacionista e agora defuntista radical. Definitivamente.
Agamenon Mendes Pedreira é filósofo de banheiro.
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