Agamenon: “Mata o Véio!”
Depois que o presidente Bolsonáudio entregou no Congresso as gravações com o projeto de reforma da Previdência, minha vida passou como um filme na minha mente. E o que é pior: eu já tinha visto esse filme antes e saí no meio porque eu morro no final...
Depois que o presidente Bolsonáudio entregou no Congresso as gravações com o projeto de reforma da Previdência, minha vida passou como um filme na minha mente. E o que é pior: eu já tinha visto esse filme antes e saí no meio porque eu morro no final.
Sou um velho homem de imprensa, do tempo em que membros desse gênero heterossexual (em extinção) ainda trabalhavam nas redações de jornais. Jornais eram aquelas coisas de papel impressas com notícias que a gente lia antes de realizar a higiene íntima reto-furicular. Tinha gente que só lia as “últimas” na bunda dos outros, eram as notícias de segunda mão. Veio daí também a origem do termo “imprensa marrom” e por consequência a ideia do “furo” jornalístico. Por isso que o público sempre preferiu os jornais de folha inteira. O finado O Pasquim, coitado, tinha menos m*!#*erda que a grande imprensa.
Os jornais em extinção são um problema de saúde pública. Como é que o povo de baixa renda vai poder realizar a sua profilaxia reto-oritimboide sem ter acesso à livre imprensa jornalística periódica? Os jornais, que já serviram para embrulhar peixe, hoje praticamente não têm serventia a não ser botar os velhos jornalistas no olho da rua. O único lugar de jornal que ainda funciona é a área de Recursos Humanos. Antigamente, só as grandes damas do jornalismo viviam demetidas e outros trocadilhos sem- vergonha.
Para complicar as coisas, vem aí a reforma da Previdência, que vai obrigar os funcionários públicos a coçar o saco e tomar cafezinho por muito mais tempo para ter direito à aposentadoria integral com todos direitos adquiridos. As funcionárias púbicas (mais um trocadilho infame), justamente por não terem saco, vão poder se aposentar mais cedo.
Por outro lado (mais um trocadilho sórdido, juro que será o último), os funcionários públicos machos, ficando mais tempo na repartição sem fazer nada, vão provocar outro grande problema de saúde pública: o tratamento das escaras e feridas ulcerativas na região saco-genital dos aposentados municipais, estaduais e federais vai acabar triplicando os gastos do governo com saúde, aprofundando assim o déficit público.
Mas, para quem vive na iniciativa privada, a situação não muda muito. O contribuinte só vai ter que trabalhar mais uns 200 anos para poder se aposentar recebendo uma merreca que não dá nem para tomar um táxi: só de ida pro cemitério. Defunto do INSS vai ter que ir pro próprio enterro de ônibus. Isso se tiver passe de idoso.
Graças ao bom Deus tenho esse bico aqui n’O Antagonista, que desconhece uma
Lei de 13 de maio de 1888 e, por isso mesmo, faz questão de não me pagar nem um mísero centavo. E olha que não sou nem afrodescendente. Isso comprova que O Antagonista é um órgão de extrema direita capitalista neo-liberal assassina ao explorar sem constrangimento a minha mais-“velhia” (trocadilho de último minuto).
Agamenon Mendes Pedreira queria ir para Venezuela em busca de uma vida melhor. Mas a fronteira está fechada.
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