Agamenon: Kagamenon Conká
Desde a semana passada estou direto na fila de vacinação do posto de saúde. Sabe como é... se é de graça o brasileiro toma até na bunda (injeção, no caso). Na verdade, na penúria em que estou vivendo...
Desde a semana passada estou direto na fila de vacinação do posto de saúde. Sabe como é… se é de graça o brasileiro toma até na bunda (injeção, no caso). Na verdade, na penúria em que estou vivendo, só tenho me alimentado de Coronavac e outros produtos da indústria farmacêutica internacional comunista fabricados na China e na Rússia. Vacina de anti-Covid é a única coisa que o pobre tem recebido do governo no Brasil, e o que é pior: assim como a Isaura, minha patroa, não vai dar pra todo mundo.
Aproveito a campanha de vacinação para garantir “algum qualquer” vendendo a minha vaga na fila para prefeitos, vereadores, deputados, senadores e outras autoridades que querem “dar o exemplo” ensinando como é que faz para “furar fila” e postar no Instagram.
Mas nada disso chega perto da grande questão que arrebata os corações e mentes do Brasil: o BBB-21. Não tem eleição para o Congresso, não tem déficit público, não tem reforma fiscal, não tem pandemia, não tem mais nada que chame mais a atenção do povão do que o Big Bolsonaro Brasil. O placar é claro e traduz o interesse da população: BBB-21, COVID-19 e, no caso do Bolsonarma, AR-15.
Finalmente o brasileiro se ligou na política e resolveu encarar de frente os problemas nacionais e tomar para si a responsabilidade dos destinos de nosso povo. Afinal, qual é a da “tombeira” Karol ConkáY ? E o Filhuk, afinal é anjo ou demônio? Cadê os nossos intelectuais? A nossa Academia? A nossa “ intelligentsia” (que está mais pra “ignorantzia”) não consegue formular uma análise consistente sobre o que vai ocorrer com os participantes da casa mais vigiada do Brasil. Na minha opinião, não é o Luciano Huck que deve ser candidato à presidência. Tem que ser o Boninho, que é o cara mais poderoso do país.
Pois é, graças à Ciência, a Humanidade já conseguiu erradicar a pólio, a varíola, o sarampo e um monte de outras moléstias insidiosas mas o Brasil não conseguiu até hoje acabar com o Big Brother… O BBB é como a Zica, a Dengue e a Chicungunha. Quando chega o verão vem o mosquito Aedes aegypti e deposita os seus ovos nas águas paradas da audiência da TV Globo. As larvas, na forma de sub celebridades , influenciadores digitais e youtubers proliferam. Crescidos e já na forma de mosquitos, se multiplicam feito ratos inoculando a indefesa população brasileira, numa praga que vai durar seis meses.
Deveriam aproveitar e fazer um outro reality show, o BBB , Big Brother Brasília, trancando o Bolsonaro, o Gilmar Mendes, o Dias Toffoli e o pessoal do Centrão numa casa e, toda semana, eliminar pelo menos um.
Graças ao Boninho e a Deus, o Brasil, um país cristão, pouco a pouco está voltando à normalidade. Uma terrorista de direita vai presidir a CCJ, um corrupto vai ser o presidente da Câmara e a Operação Lava Jato foi varrida para debaixo do tapete. Deus acima de todos e o Brasil abaixo da crítica.
Agamenon Mendes Pedreira é, como metade da população brasileira, ex-BBB.
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