Agamenon: Brasil, o país dos 100 assunto!
Não aguento mais falar de política. Faz tempo que o brasileiro só tem um assunto: política, política e política. E, logo depois, mais política, que é para variar o assunto...
Não aguento mais falar de política. Faz tempo que o brasileiro só tem um assunto: política, política e política. E, logo depois, mais política, que é para variar o assunto.
Os amigos se encontram no bar para falar de política. No elevador, na manicure, no SUS, na fila do banco, na sauna gay… só se fala de política. No velório, ninguém mais quer saber do defunto, só quer falar de política. Outro dia um bandido interrompeu um assalto para discutir política com o sujeito que ele estava assaltando.
Antigamente, a gente comentava a novela, discutia futebol e falava de mulher. Hoje, ninguém mais assiste a novela, no futebol só dá Flamengo e de mulher só sobrou a Pablo Vittar. Por falar em Pabla Vittar, tem que ter saco para aguentar tanto assunto envolvendo política.
Felizmente, escrevo em O Antagonista, um site de caráter informativo que não fala de política — só trata de assuntos policiais, crimes cabeludos e das fofocas e delações premiadas milionárias do mundo exclusivo e glamoroso da bandidagem organizada.
O Antagonista é uma espécie de Caras da criminalidade. Por isso mesmo, nunca tratou de política. Pelo menos aqui, neste site dedicado ao entretenimento, o cidadão pode se distrair com assuntos mais mundanos e emocionantes do que a vulgaridade e o baixo astral da política brasileira.
Enquanto isso, o Brasil, o país do filme queimado, continua no buraco. O problema é que, por maior que seja o buraco, já não cabe todo mundo. Muitos brasileiros, por falta de espaço no buraco nacional, estão se mandando para Portugal. Só que Portugal é do tamanho do estado do Rio e não vai caber todo mundo. Portugal vai acabar afundando por excesso de lotação de refugiados brasileiros.
Todos sabem que o mundo, hoje, é governado pelas grandes corporações digitais: o Goooooooooooogle, o Fakebook, o Instagrana, o Tuiter, o Linkedindin e o Tinder dominam as mentes humanas. Antigamente, em tempos mais ingênuos, as grandes empresas multinacionais controlavam o nosso planeta e exploravam a miséria do Terceiro Mundo. A Nike sustentava os sapatões através do trabalho escravo de menores carentes; as Casas Bahia manipulavam o sistema das prestações intermináveis; os banqueiros gananciosos, as companhias de petróleo e a TV Globo se juntavam à CIA, ao Mossad e à KGB para nos dominar através de um pernicioso Sistema de Trocas Internacionais; e o Brizola denunciava isso tudo! Bons tempos aqueles, a gente era infeliz e não sabia… Eu sei, eu sei, estou tergiversando, embora não tenha a menor ideia do que esta palavra significa.
Mas, como diria Jair Boçalnaro, voltando à faca fria: a maior corporação mundial é a dos Vingadores Mascarados, formada pelos integrantes do Supremo Tribunal de Frango. Os ministros, vocês sabem quais, são uma espécie de gênios do mal contratados pela Marvel. Os sinistros, quer dizer, ministros, vocês sabem quais, possuem superpoderes capazes de destruir seus inimigos com uma só canetada.
Assustadoras, essas criaturas metade humanas, metade jurídicas não têm nada de legais. Só pensam nelas mesmas, nos seus funcionários e nos “capinhas”, uma espécie de escravo que ganha uma fortuna para vestir os magistrados com umas capas ridículas de Batman compradas na Casa Turuna.
Enfim, o STF está querendo resolver o problema da infraestrutura varrendo a Lava Jato para baixo do tapete. Aliás, o tapete custou uma fortuna, veio direto da Pérsia para o plenário do STF e, para variar, foi superfaturado.
Felizmente, pelo menos hoje, não falei de política.
Agamenon Mendes Pedreira é jornalista de O Antagonista e vice-versa
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)