Agamenon: Alexandre e Frota-se
Os brasileirinhos e As Brasileirinhas não podem tolerar a expulsão do ator, diretor, cineasta e produtor Alexandre Froda do PSL, Partido da Suruba Liberal. Parece que o Alê foi expulso do partido por mau comportamento durante bacanal no Dia dos Pais...
Os brasileirinhos e As Brasileirinhas não podem tolerar a expulsão do ator, diretor, cineasta e produtor Alexandre Froda do PSL, Partido da Suruba Liberal. Parece que o Alê foi expulso do partido por mau comportamento durante bacanal no Dia dos Pais.
Enquanto jornalista e intelectual, não posso tolerar essa atitude antidemocrática, fascista e autoritária contra um dos maiores baluartes de nossas artes cênicas.
Como diria Cocô Dieguez, a expulsão de Frota é um assassinato cultural. Mais um atentado contra a já combalida cultura brasileira.
O que é espantoso é a apatia, a brochidão e o conformismo de nossa classe artística. Cadê os nossos artistas que não se manifestam? Cadê o Chico Buarque? Cadê o Wagner Moura? O Caetano Veloso, o Gregório Duvivier? A Letícia Sabatella? O Zé de Abreu?
O único que se manifestou em protesto foi o veterano ator Kid Bengala.
Em termos de obra cinematográfica, talvez só mesmo Glauber Rocha chegue perto de Alexandre Frota em inquietude e contribuição estética para o cinema brasileiro.
Frota criou um discurso cinematográfico revolucionário atuando atrás, na frente e de ladinho das câmeras. Legítimo herdeiro de Glauber, Frota aprofundou a máxima de uma câmera na mão e uma ideia na cabeça… do p&*ˆ%$#au. Frota foi o único que ousou levar adiante (e atrás ) o legado glauberiano. Incompreendido pelo público burguês, careta e reacionário.
Invejado pelos críticos e intelectuais, Frota revolucionou o cinema ao filmar Enterra em Transa e convidar a Maria do Rosário para fazer O Dragão da Maldade contra o Senta Guerreiro! Alexandre Fresta também produziu e dirigiu Deus e o Veado na Terra do Sol, todo filmado em Mikonos e sem um centavo da Lei Rouanet.
Artista maldito e marginal por natureza, nunca foi premiado em Cannes, Berlim ou no Festival de Veneza — mas, em compensação, recebeu várias vezes o Oscar do Pornô como melhor ator e diretor de anal.
Esteta ousado e sem preconceitos, inspirado no neorrealismo italiano, criou o neotransformismo brasileiro ao contracenar com várias atrizes e atrizos nacionais.
Depois de penetrar em tudo o que era orifício possível e imaginável, Frota resolveu entrar na política. E foi fundo. Foi direto para o PSL, Partido da Sodomia Social, a convite de Carlucho Bolsonaro. Agora foi expulso do partido, acusado de cumunista. Cumunista enrustido. Disseram que o Frota é verde por fora e vermelho por dentro. Mas, na verdade, ele só estava inflamado!
E agora? O que vai acontecer? Será que Alexandre Frota vai para o PSOL (Partido Sexo Onanista Liberal)? Será que vai para o PT (Partido do Travesti)? Ou será que vai se filiar ao PCdoB (Partido C(*&ˆ%$)u do Brasil)? Será que vai se unir a Jean Wyllys no autoexílio passivo?
Agamenon Mendes Pedreira não é jornalista vermelho. É bege.
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