Agamenon: “A pipa do Agamenon não sobe mais!”
Como se não bastasse a crise, a recessão, as revoltas nos presídios, a greve das polícias, o Edison Lobão, o Moreira Franco e esse calor miserável, ainda por cima vai começar o Carnaval! Milhares de blocos de rua tomam conta das cidades brasileiras atravancando o trânsito e inundando as ruas com um tsunami de xixi. Para tudo se acabar na quarta-feira? Antes fosse!...Pode tudo no Carnaval, menos cantar as marchinhas de mulata, Nega do cabelo duro, A cabeleira do Zezé e Maria Sapatão
Como se não bastasse a crise, a recessão, as revoltas nos presídios, a greve das polícias, o Edison Lobão, o Moreira Franco e esse calor miserável, ainda por cima vai começar o Carnaval! Milhares de blocos de rua tomam conta das cidades brasileiras atravancando o trânsito e inundando as ruas com um tsunami de xixi. Para tudo se acabar na quarta-feira? Antes fosse! O tríduo momesco se arrasta miseravelmente até, pelo menos, segunda-feira de manhã, quando, finalmente, os brasileiros exaustos, voltam para os seus desempregos de onde não conseguem tirar o pão de cada dia.
Meus 17 leitores e meio (tem um anão que lê as minhas colunas e no carnaval trabalha de segurança no baile infantil do Monte Líbano) dizem que as minhas reclamações são de um velho ressentido. E têm toda a razão! Ressentido e ressentado na porta de casa “apreciando o carnaval”, enquanto as mocinhas em flor desfilam na minha frente com “tudo de fora”. No meu tempo o carnaval não era essa put@###%ˆ&(%@aria toda! Infelizmente.
Que pena! Antigamente as mulheres só davam por amor! E mesmo assim só depois de cheirar muito “lança”. Vejam só que absurdo! Que despautério! Hoje, as meninas nem dão mais. Praticam o escambo, o troca-troca de casais e até mesmo a “coisarada”. Alguém aí já praticou a “coisarada”? Se o Carnaval for comparado com Sodoma e Gomorra, as duas capitais bíblicas da sacanagem são um jardim de infância, um pensionato de freiras perto do Carnaval brasileiro!!!
E eu aqui, só apreciando a mulherada, impotente feito o Ziraldo, que nunca brochou. No meio da fuzarca, uma maré de foliões enlouquecidos arrastou meu Dodge Dart 73, enferrujado, estacionado na rua da Amargura, sem número, fundos, até a porta do quartel da PM onde um bando de esposas de soldado, todas com shortinhos atochados no rego e tops de lycra, me impediam de entrar no batalhão. E eu nem queria entrar no batalhão!
O Brasil é um país tropicanalhista, onde se mistura tudo: ninguém sabe mais onde acaba o Carnaval e começa a Bagunça para depois emendar com a Política e Put@##$%%ˆˆ&&***ria. É tudo uma coisa só feita de muito suor, sacanagem e sem-vergonhice. Não necessariamente nesta ordem.
Pode tudo no Carnaval, menos cantar as marchinhas de mulata, Nega do cabelo duro, A cabeleira do Zezé e Maria Sapatão
Agamenon Mendes Pedreira é sambosta.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)