A orelha de Van Gogh e o olho de Picasso
A Biblioteca Antagonista publicou um ensaio esplêndido: "Picasso", de Gertrude Stein.Foi o livro menos comprado até agora.Não dá para entender. Eu, Diogo, insisto...
A Biblioteca Antagonista publicou um ensaio esplêndido: “Picasso”, de Gertrude Stein.
Foi o livro menos comprado até agora.
Não dá para entender. Eu, Diogo, insisto.
Leia estes dois trechos:
“Picasso quando via um olho, o outro olho não existia para ele e apenas o olho que ele via existia para ele, e como pintor, particularmente como um pintor espanhol, ele tinha razão, a pessoa enxerga o que enxerga, o resto é reconstrução da memória e os pintores não têm nada a ver com reconstruções, nada a ver com memória, eles se preocupam apenas com coisas visíveis, e então o cubismo de Picasso era um esforço para fazer um quadro dessas coisas visíveis e o resultado foi perturbador para ele e para os outros, mas o que mais ele poderia fazer?, um criador só pode fazer uma única coisa, ele pode continuar, é tudo que ele pode fazer”.
“Mas Picasso não era assim, quando ele comia um tomate o tomate não era o tomate de todos, e seu esforço não era o de expressar à sua própria maneira as coisas vistas como todos as veem, mas expressar a coisa como ele a vê. Van Gogh, mesmo em seu momento mais fantástico, mesmo quando cortou a orelha, estava convencido de que uma orelha é uma orelha como todos a enxergam, a necessidade de ter a orelha talvez seja diferente, mas a orelha era a mesma orelha que todos enxergavam”.
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