A disputa da Globo sobre a classificação indicativa de suas novelas
A Globo tem debatido com o governo federal a mudança na classificação indicativa de algumas de suas novelas. Desde o início do ano, ao menos três delas, que foram ao ar entre as décadas de 1980 e 1990, tiveram sua classificação revista pelo Ministério da Justiça...
A Globo tem debatido com o governo federal a mudança na classificação indicativa de algumas de suas novelas. Desde o início do ano, ao menos três delas, que foram ao ar entre as décadas de 1980 e 1990, tiveram sua classificação revista pelo Ministério da Justiça. “Todas as Flores”, sucesso recente do canal. também tem sua recomendação contestada.
As novelas “A Viagem” (exibida originalmente em 1994) e “Que Rei sou Eu?” (de 1989) passaram por revisão desde janeiro. Com base em denúncias de telespectadores à Secretaria Nacional de Justiça, ambas passaram de “classificação livre” para “não recomendado para menores de 14 anos”, por conterem cenas de prostituição, nudez e morte intencional (classificação de 14 anos); além de estupro ou coação sexual, tortura e suicídio (16 anos).
A Globo recorreu sobre a decisão de ambas – e perdeu. Na semana passada, a novela “Todas As Flores”, que o canal produziu exclusivamente para o seu serviço de streaming, foi definida para a faixa dos 16 anos. E Na última quarta-feira (22), o ministério reviu a classificação de “O Rei do Gado” de livre para 14 anos – tese que ainda poderá ser contestada pelo canal de TV.
Desde o início do ano, há também duas revisões de novelas exibidas pelo streaming do SBT, que passaram de “livre” para a faixa dos 12 anos.
Enquanto novelas como “A Viagem” e “Que Rei Sou Eu?” estão disponíveis apenas em catálogos virtuais, os casos das outras impactam a estratégia da Globo. Isso porque a legislação sobre a classificação indicativa prevê horários específicos para exibição: obras não recomendadas para menores de 14 anos só podem ser exibidas a partir das 21h na TV aberta; as com vedações a menores de 16 anos só podem ir ao ar uma hora depois.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)