Desde que o Mais Médicos foi implementado, vários índices de saúde pública pioraram e até doenças erradicadas retornaram.

O programa não entregava o que prometia e as relações do governo com os médicos deteriorou-se.

A classe médica avalia que melhorou consideravelmente o diálogo com o Ministério da Saúde. Em especial, na formulação do Médicos pelo Brasil. “Comparado com o Mais Médicos do PT, é infinitamente melhor“, garante Diogo Leite Sampaio, vice-presidente da Associação Médica Brasileira.

A AMB não economiza nas críticas ao programa lançado ainda no primeiro mandato do governo Dilma. Para a entidade, havia um nítido viés eleitoreiro no projeto. Diogo Sampaio lembra, por exemplo, que o Mais Médicos só atuou por um breve momento com 100% da capacidade.

– Tempos sombrios

A AMB observa que, desde então, a saúde brasileira iniciou um período difícil. O aumento considerável das escolas de medicina, por exemplo, fez com que a qualidade da formação caísse. “Isso gerou uma situação de assistência precária“, afirma Diogo Leite Sampaio.

O vice-presidente da AMB observa que vários índices de saúde pública pioraram e doenças erradicadas voltaram ao noticiário – um sinal de que o Mais Médicos não entregava o prometido.

Espera-se que o Médicos pelo Brasil elimine disfunções, embora não seja a resolução de todos os problemas da saúde pública brasileira.